Polí­tica

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

A poucos meses das eleições municipais, as fake news das campanhas são uma das maiores preocupações do eleitor no Norte. Segundo levantamento inédito do Observatório Febraban, 50% da população na região já recebeu fake news nas redes sociais e a grande maioria (86%) acha que o político que usa esse expediente deve ser punido.

A punição mais defendida por 54% das pessoas é a impugnação da candidatura. Outros 17% defendem a suspensão temporária da campanha eleitoral, enquanto 13% acreditam que uma multa em dinheiro já seria suficiente. Outras punições lembradas foram a suspensão por completo da propaganda eleitoral (8%) e a repreensão pública (1%). Os mais exigentes, que disseram ser necessário aplicar todas essas punições, somaram 3%.

A maior parte da população (68%) afirma que vai ficar atenta ao recebimento de fake news durante a campanha das eleições municipais. Uma parte considerável (22%) disse já ter bloqueado alguém em grupos de aplicativo WhatsApp em função de fake news política. Entre esse grupo, 55% disseram acreditar que a situação vai se repetir na campanha deste ano.

O sentimento de já ter sido prejudicado por fake news política atinge 33% das pessoas.

“As eleições municipais são as que têm maior preocupação do eleitor com sua realidade. Isso aumenta o entendimento de que é preciso ser muito responsável na escolha de representantes que irão executar as políticas e ações que afetam suas comunidades nos próximos anos. Fake news é algo que não combina com esse entendimento”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

Sobre o Observatório Febraban

O levantamento inédito procura investigar o que pensam os brasileiros sobre o grau de envolvimento da população com as campanhas, as opiniões sobre as Fake News no contexto eleitoral e as formas pelas quais as pessoas se informam sobre o pleito eleitoral. Traz ainda a avaliação da população sobre o trabalho de seus atuais prefeitos e vereadores.