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Saúde

Foto: Freepik @msgrowth

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Dores no peito, nos braços, ombro esquerdo e cotovelos, dormência no rosto, braços ou pernas, confusão mental, dificuldade para andar e dor de cabeça intensa. Esses são alguns dos sintomas mais comuns de problemas cardiovasculares. Caso identifique algum deles, o ideal é buscar ajuda imediatamente. Só este ano, segundo dados do Cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 300 mil pessoas morreram vítimas desse tipo de problema de saúde no país e a estimativa é que, ao final de 2024, esse número passe de 400 mil mortes.

Ainda segundo a SBC, o número de infartos tem crescido até nas faixas etárias mais jovens. Entre as mulheres de 15 a 49 anos, por exemplo, foi registrado um aumento de 62% nas mortes por infarto, entre 1990 e 2019. 

Mas o que explica um número tão elevado de óbitos por problemas cardiovasculares? A resposta é mais simples do que se pode imaginar: o estilo de vida das pessoas.

Estresse, má alimentação, sedentarismo, tabagismo e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas são alguns dos hábitos mais comumente relacionados ao surgimento de problemas cardiovasculares, como explica o médico cardiologista e cirurgião cardiovascular, Dr. Henrique Furtado. “Esses fatores podem levar ao aumento da pressão arterial e dos níveis de glicose e lipídios no sangue, podendo causar um infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outros problemas que muitas vezes acabam sendo fatais”, alerta. Segundo a Organização Mundial Saúde (OMS), até 80% das mortes por questões cardiovasculares poderiam ser evitadas.

O especialista ainda chama a atenção para a necessidade de se realizar o acompanhamento cardiológico pelo menos uma vez por ano. “Os problemas cardiovasculares costumam surgir e se agravar de modo silencioso. Então, os check-ups salvam muitas vidas. Com exames simples, realizados, muitas vezes, no próprio consultório médico, é possível identificar alguma anomalia e iniciar o tratamento de forma precoce. Às vezes, quando a pessoa passa mal já é tarde demais”, explica o cardiologista, que ainda lembra que um terço das mortes no Brasil tem causas cardiovasculares. Isso representa, por exemplo, o dobro dos óbitos causados por todos os tipos de câncer somados. (Precisa/AI)