O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), na pessoa do desembargador João Rigo Guimarães, negou pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (Agir), preso na manhã de domingo, 15, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO).
“Denota-se que a decisão judicial encontra-se robustamente fundamentada em elementos concretos que evidenciam riscos efetivos à aplicação da lei penal. Diferentemente do alegado pela defesa, os autos demonstram sofisticada articulação para potencial evasão do país, consubstanciada nos elementos probatórios trazidos aos autos”, manifestou João Rigo.
A ordem judicial de prisão, da 3ª Vara Criminal de Palmas, foi motivada por indícios de um possível plano de fuga para o exterior. Carlesse teria conseguido emitir uma identidade uruguaia e um passaporte italiano.
Em entrevista exclusiva ao T1 Notícias, o advogado de Carlesse, Sandro Armando, disse, no entanto, que Carlesse não está condenado e que, portanto, não há do que fugir. "O processo veio do STJ faltando várias peças", disse ao portal. O advogado explica em entrevista ao T1 que o ex-governador tem descendência italiana, requereu a cidadania há cerca de quatro anos, e que a identidade uruguaia é uma medida normal para quem faz negócios no Mercosul.
O advogado conta ainda que Mauro Carlesse está bastante indignado com a medida.
Prisão ocorreu em fazenda
A prisão de Mauro Carlesse ocorreu na Fazenda Joia Rara, propriedade do ex-governador, localizada no município de São Salvador, próximo ao município de Peixe, no sul do Tocantins a cerca de 406 km da Capital, Palmas.
Gaeco do MPTO prende ex-governador Mauro Carlesse por suspeita de plano de fuga internacional