Após um dia de interrupção, equipes de resgate retomaram nesta sexta-feira, 3, as buscas pelas vítimas desaparecidas da Ponte Juscelino Kubitschek (Ponte JK). O clima local é de chuva. A profundidade e a escuridão da água estão entre os maiores desafios. Cinco pessoas seguem desaparecidas.
Na quinta-feira, 2, a Marinha do Brasil explicou que os trabalhos de mergulho foram interrompidos devido à necessidade de abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito. O Consórcio Estreito Energia (CESTE) comunicou à Marinha a necessidade de aumentar o volume da vazão defluente devido à maior incidência de chuvas na região. Ao adotar esse procedimento, o Ceste pretende regularizar o volume represado.
Queda da Ponte
Parte da Ponte JK cedeu na tarde do dia 22 de dezembro, derrubando pelo menos 10 veículos, incluindo três caminhões transportando cerca de 25 mil litros de agrotóxicos e 76 toneladas de ácido sulfúrico. A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que a análise da qualidade da água indica que não houve vazamento dos materiais.
Segundo o Ministério dos Transportes, a ponte foi inaugurada em 1961 e a estrutura antiga “já não atendia ao aumento do fluxo de veículos e de carga transportada pelo eixo”. A Polícia Federal abriu investigação para apurar as responsabilidades pela queda da estrutura.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também instaurou sindicância para apurar as responsabilidades sobre o desabamento. A comissão terá 120 dias para apresentar os resultados da apuração.
O Ministério dos Transportes contratou esta semana uma empresa que ficará responsável pelas obras de reconstrução da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Ao todo, a obra tem valor estimado em R$ 171,9 milhões e o prazo para a reconstrução da estrutura vai até o dia 22 de dezembro de 2025, um ano após a queda da ponte.