Com o objetivo de chamar a atenção dos deputados e toda população tocantinense para o congelamento das convocações do concurso da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-TO) de 2023, além de denunciar o fechamento de escolas e a sobrecarga de trabalho dos profissionais de educação, os aprovados no certame realizam uma manifestação nesse sábado, 1º de fevereiro, às 8h, em frente à Assembleia Legislativa do Tocantins (AL-TO).
Segundo os aprovados, o ato demonstrará a indignação da categoria diante da falta de nomeações e da quebra de compromisso do governador, que havia prometido uma nova chamada em dezembro de 2024, mas não cumpriu. A última convocação ocorreu em julho de 2024, e, desde então, os candidatos aguardam ansiosos pela convocação prometida.
Denúncia
Os aprovados denunciam que o déficit de profissionais na rede estadual de ensino do Tocantins é alarmante, mas, segundo a Comissão dos Homologados do concurso, essa realidade vem sendo ocultada pelo governo. Além disso, as escolas estão sendo fechadas e turmas unificadas, aumentando a sobrecarga dos profissionais da educação, sem que novas convocações sejam realizadas.
De acordo com o representante da Comissão, professor Sandison Ramos, pesquisas realizadas confirmaram a quantidade imensa de contratos e a carência de profissionais concursados na rede pública, tornando a ausência de novas nomeações ainda mais injusta. Ele afirma ainda que as escolas do Estado têm sofrido com a superlotação nas salas.
“Estamos chamando a atenção das autoridades e da sociedade para essas irregularidades. Denunciamos ao Ministério Público Estadual, e, estamos convocamos pais de alunos, professores e toda a população tocantinense para se unirem a nós nessa luta. Precisamos dessa verdade e exigimos nosso direito à convocação, que está sendo desrespeitado”, afirmou Sandison.
O professor também ressaltou que esse desrespeito é continuamente respaldado pelo poder público e agravado pela Instrução Normativa nº 02/2025 da Seduc. Essa medida tem resultado no aumento da carga horária dos profissionais já atuantes no ensino, dificultando ainda mais a convocação dos candidatos aprovados no concurso e favorecendo, em contrapartida, a contratação temporária.
Um levantamento realizado pela comissão aponta diversas escolas afetadas pelo fechamento ou redução de turmas. Dentre elas estão: Escola Estadual Jorge Amado 1 turma no noturno, Colégio Guilherme Dourado 2 turmas, Escola Estadual João Guilherme Leite Kunze 1 turma, Escola Estadual Adolfo Bezerra, Escola Estadual Vila Nova está em reforma todos irão para a Escola Estadual José Alves; Escola Estadual Dom Cornélio Chizzini 7 turmas – Nazaré; Escola Estadual Pedro Macedo - Novo Acordo.
Os aprovados no concurso seguem mobilizados, enviando denúncias da precarização da educação no Estado. A luta pela convocação continua, com o objetivo de garantir o cumprimento dos direitos adquiridos e a qualidade do ensino para o Estado do Tocantins.