A leucemia é um tipo de câncer que afeta a produção dos glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 11.540 novos casos por ano no Brasil entre 2023 e 2025, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres. A doença pode se manifestar de forma aguda, avançando rapidamente e exigindo tratamento imediato, ou crônica, evoluindo lentamente. Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente conhecidas, fatores genéticos, exposição a substâncias químicas e radiação podem aumentar o risco.
Os sintomas variam de acordo com o tipo da doença e podem ser confundidos com outras condições. Cansaço extremo, infecções frequentes, febre persistente, palidez, sangramentos inexplicáveis, manchas roxas na pele, aumento dos gânglios linfáticos e perda de peso sem explicação são sinais que exigem atenção. “Como muitos dos sintomas são inespecíficos, exames de sangue regulares e acompanhamento médico são fundamentais para a detecção precoce”, alerta o Dr. Carlos Alberto Rodrigues Junior, hematologista do Instituto Oncológico do Tocantins.
Os avanços médicos têm possibilitado abordagens mais eficazes no tratamento. A quimioterapia continua sendo uma das principais formas de combate à doença, mas hoje há opções mais modernas, como a terapia-alvo, que age diretamente nas células doentes, reduzindo os efeitos colaterais, e a imunoterapia, que fortalece as defesas naturais do corpo. Em alguns casos, o transplante de medula óssea pode ser necessário, substituindo células doentes por saudáveis. “A escolha do tratamento depende do tipo de leucemia e da resposta do paciente, mas novas terapias têm trazido mais esperança e qualidade de vida aos pacientes”, destaca Dr. Carlos Alberto.
O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Exames como o hemograma completo, que pode identificar alterações nas células sanguíneas, biópsia da medula óssea e testes genéticos ajudam a determinar o tipo e a gravidade da doença. “Hoje conseguimos identificar mutações específicas e direcionar o tratamento de forma mais personalizada, aumentando as chances de controle da doença”, complementa o especialista.
O Fevereiro Laranja reforça a conscientização sobre a leucemia e incentiva a doação de medula óssea. Para muitos pacientes, o transplante é a única chance de cura, mas depende da compatibilidade com um doador. No Brasil, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) facilita a busca por compatibilidades. Qualquer pessoa saudável entre 18 e 35 anos pode se cadastrar em um hemocentro, doando uma pequena amostra de sangue. Se houver compatibilidade com um paciente, o doador será convocado para a doação.
Leia também: Saúde do Tocantins contabiliza 24 casos de Leucemia em 2024; governo inicia campanha
Sobre o Instituto Oncológico do Tocantins
Com 11 anos de atuação, o Instituto Oncológico do Tocantins se destaca como referência no tratamento do câncer, oferecendo atendimento humanizado e especializado. A clínica reúne especialistas em oncologia, mastologia, cirurgia, hematologia, coloproctologia e reumatologia, oferecendo uma abordagem completa. Além de tratamentos como quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia, o Instituto atua no rastreamento e controle da doença, garantindo suporte em todas as fases do tratamento. (Precisa/AI)