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Saúde

Foto: Freepik/@krakenimages.com

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O Dia Nacional da Saúde, celebrado nesta terça-feira, 5 de agosto, tem entre seus objetivos conscientizar as pessoas a buscarem um estilo de vida mais saudável. A data, instituída pela Lei nº 5.352/1967 em homenagem ao nascimento de Oswaldo Cruz, médico sanitarista e pioneiro no combate a epidemias no início do século 20, também é oportunidade para refletir sobre os desafios e avanços na área da saúde pública do Brasil e chama a atenção para a importância da formação técnica e profissional em áreas estratégicas como a Farmácia, essencial na prevenção, orientação e cuidado com a população.

"Neste Dia Nacional da Saúde, mais do que celebrar, reafirmamos nossa defesa intransigente de um Sistema Único de Saúde (SUS) que seja, em sua essência, igualitário, equânime e universal. Isso não é uma utopia, mas um direito fundamental da sociedade. Dentro desse pilar inegociável, a Assistência Farmacêutica plena se eleva como um componente vital. É através dela que garantimos aos usuários do SUS o tratamento adequado e necessário para o restabelecimento da sua saúde, aprimoramos as ações de prevenção de agravos e promovemos o uso racional de medicamentos. O farmacêutico, nesse contexto, é um guardião do acesso e da qualidade, assegurando que o direito à saúde seja concretizado para todos. Como podemos, juntos, fortalecer ainda mais os alicerces desse sistema que é patrimônio do povo brasileiro?", destaca o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos (Sindifato), Renato Soares Pires Melo

No Tocantins, entre as faculdades que oferecem o curso de farmácia, estão: a Uninassau, a Ulbra, a Fapal, o IFTO – Araguaína, a Unitop, a Unirg, a Católica e a IESC/FAG. A graduação costuma durar de 9 a 10 semestres. Quem escolhe este curso estuda a composição de medicamentos, cosméticos e alimentos, adquirindo um vasto conhecimento sobre fármacos e assistência farmacêutica. Aprende também a pesquisar e a testar substâncias, sendo preparado para atuação na prevenção, promoção e recuperação da saúde individual e coletiva.

Na atualidade, o farmacêutico deixou de ser apenas o responsável pelo balcão e passou a ser um agente ativo na promoção da saúde. De acordo com o presidente do Sindifato, para além de formar profissionais, as universidades têm o dever de direcionar ao mercado de trabalho profissionais conscientes do seu papel social e preparados para atuar com responsabilidade e empatia nas comunidades onde estão inseridos.

"O papel das instituições de ensino superior, como a Uninassau, Ulbra, Fapal, IFTO – Araguaína, Unitop, Unirg, Católica e IESC/FAG, transcende a mera transmissão de conhecimento técnico. Elas são a base para a formação de farmacêuticos que serão pilares do nosso SUS, conscientes de que seu trabalho contribui diretamente para um sistema de saúde verdadeiramente universal e equânime. A formação deve, portanto, preparar profissionais não apenas para o balcão, mas para serem agentes ativos da Assistência Farmacêutica plena, aptos a promover o uso racional de medicamentos, a atuar na prevenção de doenças e a garantir o tratamento adequado a cada cidadão. A necessidade de especializações, assim, não é apenas um caminho para o desenvolvimento individual, mas uma responsabilidade social para que os farmacêuticos possam entregar o máximo de seu potencial em benefício da saúde coletiva. Como podemos alinhar ainda mais a academia às necessidades da sociedade e do nosso SUS?", indaga Renato Soares. 

Demanda por farmacêuticos

O mercado para farmacêuticos segue aquecido no Brasil. Estudos comprovam o aumento do consumo de medicamentos, da busca por saúde e qualidade de vida. O envelhecimento da população é um dos motivos para este cenário.

Segundo levantamento recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o setor de saúde gerou 34.800 novos empregos formais entre dezembro de 2024 e março de 2025, totalizando 5,18 milhões de trabalhadores formais, o que representa 10,8% de todos os empregos com carteira assinada no país.

Na visão do presidente do Sindifato, a inserção de profissionais farmacêuticos no mercado de trabalho representa avanços na garantia de direitos. "A crescente demanda por farmacêuticos no Brasil, e de forma destacada no Tocantins, é um reflexo direto da complexidade e das necessidades de saúde da nossa população. Mas esse crescimento no mercado de trabalho precisa estar intrinsecamente ligado à ampliação e qualificação da Assistência Farmacêutica no SUS. Cada novo profissional inserido no sistema significa um avanço na garantia dos direitos da sociedade: acesso a medicamentos, orientação sobre seu uso racional, e participação ativa em programas de prevenção de agravos. Não se trata apenas de números de empregos, mas de fortalecer a capilaridade de um sistema de saúde que busca ser igualitário em cada canto do nosso estado. O Sindifato está atento para que essa expansão traga benefícios concretos e amplie o acesso da população a uma saúde de qualidade. Como podemos assegurar que o desenvolvimento profissional dos farmacêuticos se traduza em ganhos reais para a sociedade e para o SUS?", assegura Renato Soares.  

Os dados reforçam a importância de uma formação profissional de qualidade, capaz de acompanhar as transformações do mercado e as exigências técnicas da área. Farmacêuticos não atuam apenas em farmácias e drogarias, mas também em hospitais, laboratórios, unidades básicas de saúde, indústrias e programas de saúde pública.

A celebração do Dia Nacional da Saúde também serve como um alerta para que governos, instituições de ensino e empresas da área invistam em políticas públicas e programas de formação que deem conta das demandas crescentes da população. A atuação do profissional de Farmácia vai muito além da técnica, ela envolve compromisso ético, conhecimento atualizado e capacidade de dialogar com o paciente.

O presidente Renato Soares reforça que investir em profissionais e em infraestrutura significa investir no direito à saúde dos cidadãos. Ele também coloca em evidência mais um questionamento. "A celebração do Dia Nacional da Saúde nos convoca a uma reflexão profunda sobre o papel de governos, instituições e empresas na construção de uma saúde pública robusta. É imperativo que invistam maciçamente em políticas públicas e programas de formação que solidifiquem os pilares de um SUS verdadeiramente universal, igualitário e equânime. Isso significa priorizar a Assistência Farmacêutica em sua plenitude, garantindo que o cidadão tenha acesso ao tratamento adequado e à orientação qualificada sobre o uso racional de medicamentos, além de participar ativamente de ações de prevenção de agravos. O investimento nos farmacêuticos e na infraestrutura necessária é, antes de tudo, um investimento no direito à saúde de cada brasileiro. É um compromisso que se reflete na qualidade de vida da sociedade como um todo. Que estratégias podemos adotar para que esse chamado à ação se transforme em investimentos concretos e efetivos em prol da saúde da nossa população?". 

Sindifato

Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins foi fundado em 20 de setembro de 1997 e registrado em 8 outubro de 1998, quando foi constituída a primeira diretoria em assembleia geral da categoria. É formado pela Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto á Federação, efetivos e suplentes, eleitos a cada quatro anos. 

E-mail: contato@sindifato.org.br. Página online:  https://www.sindifato.com.br/Instagram (@sindifato).