O Brasil repousa sobre uma espécie de “Tupi do urânio”, um conglomerado de reservas capaz de transformar o país no maior produtor mundial do minério.
A INB - Indústrias Nucleares Brasileiras e a CPRM - Companhia de Recursos Minerais mapearam novas jazidas, com potencial estimado de 800 mil toneladas. Somando-se às reservas já confirmadas, em torno de 200 mil toneladas, o Brasil ultrapassará Cazaquistão, Austrália, África do Sul, Estados Unidos e Canadá, saindo do sexto posto para o topo do ranking do urânio.
A maior parte das novas jazidas está concentrada em um raio de ação de 200 quilômetros nos estados do Amapá, Tocantins e Amazonas, um trunfo em termos de economicidade e logística. A descoberta terá as mais diversas conseqüências.
Dará um novo empuxo ao programa nuclear brasileiro. O país terá auto-suficiência para abastecer todo o complexo de Angra dos Reis, incluindo a terceira usina e as quatro geradoras que o governo pretende construir no Nordeste.
As novas reservas também impulsionarão a tecnologia de enriquecimento do urânio desenvolvida pela Marinha. Consequentemente, o Brasil ganhará outro status no mercado internacional. Em vez do minério in natura, poderá exportar o produto enriquecido para os grandes compradores mundiais – Europa, Estados Unidos e Ásia.
Os preços internacionais da libra-massa (1 libra pesa 453,6 gramas ou 0,4536 Kg) de yellow cake (urânio concentrado e purificado) não param de crescer. Nos últimos cinco anos, passaram de US$ 9,50 para US$ 95,00. As reservas vão também valorizar o processo de licitação da exploração e produção de urânio no país já anunciado pelo governo.
O INB e a CPRM aceleram o estudos para que as novas jazidas sejam incluídas no mapeamento que servirá como base para o leilão das concessões.
Fonte: DEFESA@NET
http://www.defesanet.com.br/mb1/uranium.htm