Nos nove primeiros dias de julho, chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) 13 pedidos de investigação contra parlamentares: sete inquéritos, quatro petições e duas ações penais. O intenso fluxo de novas suspeitas contra deputados e senadores confirma a tendência dos últimos meses na Corte. Em maio, foram 19 casos. Em junho, 14. Ou seja: nos últimos 70 dias, o Supremo abriu 46 novas investigações contra parlamentares. Os casos são encaminhados ao tribunal porque a Constituição Federal dá aos parlamentares direito ao foro privilegiado.
Os alvos dos novos inquéritos são os deputados Marina Mugisse (PPS-RJ), investigada por corrupção eleitoral; Nilmar Galdino Ruiz (DEM-TO), que estaria envolvida em fraude em licitação pública; Arnon Bezerra (PTB-CE), suspeito de compra de votos; Nilo Campos (PP-RR), que responde por peculato; El iene de Lima (PP-MT), investigado por tráfico de influência; e Roberto Britto (PP-BA), por compra de votos. O STF também recebeu inquérito contra o senador Edison Lobão Filho (DEM-MA), que responde por crimes contra as telecomunicações.
As ações penais que chegaram ao Supremo neste mês são contra a deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), investigada por falsidade ideológica e prevaricação, e o deputado Rômulo Gouveia (PSDB-PA), por compra de votos. Os pedidos para a abertura das investigações foram feitos pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O STF não informa detalhes sobre cada caso.
Fonte: O Globo