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Cultura

Foto: Emerson Silva

O Museu Histórico do Tocantins - Palacinho - e o antigo prédio da Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins serão restaurados, já partir de janeiro de 2009. A reforma e restauração dos patrimônios serão feitas pelo Iphan-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em parceria com a Fundação Cultural do Tocantins. Na manhã de segunda-feira, 22, na sala de reuniões do Gabinete do Governador do Estado, no Palácio Araguaia, o projeto da restauração foi apresentado pela superintendente da 14º Regional do Iphan, Salma Saddi Warres de Paiva, e pelo chefe da Divisão Técnica do Iphan, Paulo Farcetti.

Para as obras no Palacinho serão destinados recursos na ordem de R$ 579.220,85 e a empresa vencedora do processo de licitação foi a Archaios Engenharia, Consultoria e Projetos de Restauração Ltda, de Goiânia. O prazo para execução da obra é de 180 dias e deve ser iniciada já no dia 6 de janeiro. O projeto foi elaborado pela arquiteta Maria Ester a pedido da Fundação Cultural do Tocantins. Além da restauração da parte estrutural, realizada pelo Iphan, a Fundação estará ainda elaborando um projeto museológico para ser adaptado ao Palacinho, atualizando os personagens que fazem parte da história do Estado, sem alterar o projeto original do patrimônio.

Já a obra do antigo prédio da Assembléia Legislativa do Estado, será realizada pela empresa Almeida Carmo com recursos na ordem de R$ 447.389,19. O prazo para execução é de 170 dias, podendo ser prorrogado. O projeto é de autoria da arquiteta Milena Abreu Migoto.

Segundo o presidente da Fundação Cultural do Tocantins, Júlio César Machado, a restauração do Museu Histórico do Tocantins e do antigo prédio da Assembléia Legislativa faz parte do plano de trabalho do órgão para 2009 e a Fundação estará acompanhando diretamente todo o trabalho de restauração pelo Iphan, que é um dos grandes parceiros do Estado neste processo. "No antido prédio da Assembléia, elaboraremos um projeto que atenda todos os segmentos culturais, como artes cênicas, visuais, música, literatura, destinando também espaços para uso da Ordem dos Músicos do Brasil no Tocantins e da Academia Tocantinense de Letras, criando um espaço alternativo de artes", ressaltou.

O chefe da Divisão Técnica da 14º superintendência do Iphan, Paulo Farcetti, ressaltou que durante as restaurações nada será alterado do projeto original, apenas modernizado e adapatado. No caso do antigo prédio da Assembléia somente 30% do madeiramento poderá ser reutilizado.

Presente também no evento de apresentação dos projetos de restauração e reforma dos patrimônios na Capital, o secretário-chefe do gabinete do Governador, Luiz Antônio da Rocha, representando no ato, o Governador Marcelo Miranda, resaltou que o Tocantins tem dado grandes manifestações de respeito a sua história e cultura com o resgate de mais estes dois monumentos culturais do Estado.

A superintendente da 14º Regional do Iphan, Salma Saddi, ressaltou ainda a parceria fundamental com o Governo do Estado, por meio da Fundação Cultural do Tocantins, para a realização de todas as ações de valorização e preservação dos patrimônios materiais e imateriais do Tocantins. "Só chegamos até aqui pela gestão compartilhada com o Governo do Tocantins, onde agradeço ao meu amigo, o presidente da Fundação Cultural, Júlio César Machado, pelos trabalhos realizados no Estado.

Ações do Iphan

Durante a coletiva na segunda-feira, 22, a superintendente Regional do Iphan, Salma Saddi, ressaltou que o Tocantins ganhará muito em 2009 com a criação de uma superintendência do Iphan, já que até então, estava vinculado à 14º regional com os estados de Mato Grosso e Goiás. Dentre as ações do instituto estão: a confecção do Manual de Conservação da Arquitetura Nativitana, lançado recentemente; a publicação Vivências e Sentidos, no valor de R$ 73.599,87, que faz parte do projeto de mapeamento cultural realizado em 2008, em cinco regiões, sendo no Tocantins em parceria com a Fundação Cultural do Estado. A realização do registro do Hetoroky, na Ilha do Bananal, e a obtenção de recursos para a Oficina de Saberes dos Povos Indígenas da Ilha do Bananal; a instalação da Unidade Mínima de Conservação em Porto Nacional, e a liberação, entre os anos de 2007 e 2008, de R$ 200 mil para a Fundação de Pesquisa da Universidade Federal do Tocantins para o inventário de referências culturais da cidade de Natividade, no mapeamento de todas as manifestações culturais do Estado.

Fonte: Assessoria de Imprensa Fundação Cultural