A comunidade quilombola da Lagoa da Pedra, a primeira comunidade reconhecida no Tocantins, localizada a cerca de 30 km do município de Arraias, receberá mais um incentivo de valorização da sua história e cultura com o lançamento, no próximo dia 08 de abril, do livro “A Roda de São Gonçalo na Comunidade Quilombola da Lagoa da Pedra em Arraias - um estudo de caso Folkcomunicacional”, do jornalista e mestrando pesquisador da Universidade Federal do Tocantins - UFT, Wolfgang Teske.
A obra, que tem o apoio da Fundação Cultural do Tocantins na prensagem de 1000 livros, terá 300 exemplares destinados às bibliotecas públicas estaduais. A renda obtida com a comercialização dos livros será destinada diretamente a comunidade.
O livro “A Roda de São Gonçalo na Comunidade Quilombola da Lagoa da Pedra em Arraias - um estudo de caso Folkcomunicacional” é resultado da pesquisa científica realizada, desde 2004, como projeto acadêmico, mapeando o cotidiano, as manifestações e tradições dos quilombolas.
Em 2006 o projeto tomou maiores rumos quando o autor passou, praticamente, a morar na comunidade, se tornando parte do cotidiano dos quilombolas da região. Este ano, o pesquisador acompanhará o cotidiano e manifestações da comunidade na Sexta-feira da Paixão, malhação de Judas, no sábado da Aleluia, e a Páscoa, no período de 8 a 12 de abril.
Segundo Teske, o principal objetivo do projeto é dar visibilidade a cultura quilombola. “O Brasil vai conhecer a história e as manifestações como riqueza e patrimônio cultural de fato”, afirmou.
Em conjunto com o livro será também lançado um projeto de capoeira e danças que envolvem toda comunidade, formada por 34 famílias, totalizando cerca de 300 pessoas.
Inventário Sócio-cultural
A Fundação Cultural do Estado realiza o Inventário Sócio-cultural das Comunidades Rurais Negras e Remanescestes de Quilombos, onde já foram inventariadas 15 comunidades reconhecidas no Tocantins, distribuídas de Norte a Sul, em vários municípios, apresentando manifestações culturais peculiares: danças tradicionais, cantigas de roda, festas religiosas, artesanatos utilizados como adereços e utensílios e alimentos típicos de uma culinária que tem como base produtos encontrados na natureza ou produzidos em suas hortas comunitárias.
Da redação com informações Ascom Fundação Cultural
