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A instituição de novos mecanismos para viabilizar o equilíbrio entre a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico foi um dos temas abordados na sessão desta terça-feira, dia 20, na Assembleia Legislativa. O primeiro a se pronunciar sobre o assunto foi o deputado Marcelo Lelis (PV) que subiu à tribuna para justificar o teor de um requerimento de sua autoria apresentado nesta manhã.

Por intermédio da matéria, o parlamentar manifesta apoio à posição dos governadores dos Estados da Amazônia Legal adotada no VI Fórum de Governadores da Amazônia Legal e na VI Reunião do Condel/Sudam - Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, realizados semana passada na capital do Amapá, Macapá.

Nos encontros, os líderes concordaram quanto à criação de um mecanismo de compensação financeira em favor da redução de emissões de gases provenientes de desflorestamento.

O deputado declarou que o pagamento pela prestação de serviços de preservação na Amazônia é o único modo de conter o desmatamento. “Neste caso, os países ricos terão de pagar para que, na Amazônia, as árvores sejam mantidas de pé”, comentou Lelis.

O deputado recebeu o apoio dos demais parlamentares. Ao justificar sua concordância com as declarações de Lelis, o presidente do Legislativo, deputado Júnior Coimbra (PMDB), enfatizou que a falta de alternativas de renda faz com que o homem do campo desmate e explore a terra para sobreviver.

Já o parlamentar Sandoval Cardoso (PMDB) citou o exemplo da Costa Rica que, segundo ele, é o único país no mundo a remunerar a preservação de áreas de reserva legal. Esse procedimento, ainda de acordo com o deputado, gerou naquele país “acréscimos significativos de reflorestamento”.

Ao comentar sobre o assunto, o deputado Cacildo Vasconcelos (PP) alertou para a influência das organizações não-governamentais (ONGs) estrangeiras, em atuação no Brasil, e criticou a postura de alguns países ricos que já desmataram suas florestas.

Segundo o parlamentar, algumas dessas entidades defendem um modo de preservação que prejudica o desenvolvimento nacional e, sob a justificativa de defender o meio ambiente, tentam impedir que o país explore suas riquezas de maneira sustentável.

Fonte: Dicom/AL