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Polí­tica

Foto: Divulgação

Na tarde desta quarta-feira, 20, o secretário de Planejamento Eduardo Siqueira Campos, o de Administração Lúcio Mascarenhas e ainda Sandro Rogério titular da secretaria da Fazenda, concederam entrevista coletiva sobre a situação financeira do Estado.

Eduardo começou a entrevista falando sobre a demissão dos mais de 15 mil servidores. “Não haveria diante do quadro que foi apresentado na carta aberta outra solução a ser dada”, frisou.

O secretário relembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o quadro de comissionados. Eduardo frisou que o governo anterior não fez nenhuma medida efetiva para organizar o quadro.“Cerca de 10 mil dessas pessoas foram contratadas nos dois últimos anos”, frisou.

Eduardo salientou que os últimos dois anos de governo do Estado não foram de trabalho efetivo e que o governo vai buscar a punição para todas as ações administrativas.

O governo não conseguiria quitar a folha de janeiro se os servidores fossem mantidos, segundo o secretário de Administração.

Folha de pagamento

“Eu não tenho notícia eu ouvir falar que um governo empenhou a folha de pagamento pelo líquido”, salientou ao apontar improbidade administrativa do ex-governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB).

O governo anterior deixou R$ 62 milhões referentes às consignações sem pagar mas que já foi quitado pelo atual governo.“É um ato de uma insanidade que não tem precedência”, disse. “É lubridiar a boa fé de vocês profissionais”, completou.

A dívida com os fornecedores deixada foi de R$ 600 milhões, segundo o governo. “Quem vende não é para Carlos Gaguim ou para Siqueira Campos mas sim para o Estado do Tocantins”, frisou.

“Aqui não está um terço do que precisa ser informado para a população”, disse Eduardo, ao salientar que ainda há outras informações sendo apuradas de dados do governo.

Obscuro

Eduardo afirmou que a Codetins tem uma dívida com a Prefeitura de Palmas no valor de R$ 13 milhões. O governo está ainda averiguando a situação do Itertins. “O Itertins titulou encima de áreas do Incra”, disse.

O atendimento do É pra Já foi fechado em Gurupi e em Araguaina por falta de servidores e o secretário apontou ainda outro problema. “O prédio do É pra Já está a cinco meses sem pagar e o dono do prédio só deixou porque vinha alguém sério para pagar”, disse.

Crítica

O governador Gaguim afirmou hoje que deixou dinheiro em caixa mesmo após as alegações do governo. “Chega de brincar com a consciência coletiva”, frisou. “É preciso uma internação e uma clínica de repouso”, completou Eduardo criticando a postura do ex-governador.

Seis por meia dúzia

O secretário salientou ainda que não vai trocar seis por meia dúzia ao se referir às novas recontratações que serão feitas e que haverá critério nas nomeações. “Não vamos trocar seis por meia dúzia”, disse.

“Esse governo que passou é absolutamente inexplicável em seus procedimentos e os prejuízos são muito maiores do que esses que estão aqui apresentados”, disse Eduardo.

Na parte da manhã o governo encaminhou uma carta aberta à população onde justificou as demissões em massa apontando dados de dívidas sobre o governo anterior.