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Saúde

Análise realizada por meio do sistema Focos Online, da Sesau – Secretaria de Estado da Saúde, mostra que o combate à dengue no Tocantins depende da ajuda da população.

Dados do sistema apontam que, no ano passado, 27.444 dos 29.236 focos do mosquito transmissor da dengue encontrados no Estado estavam em imóveis habitados, como residências, comércios e prédios coletivos – escolas e até hospitais. Isso representa 94% dos focos encontrados. “Os focos encontrados em hospitais são mais preocupantes, pois no local há pessoas com a saúde debilitada, o que aumenta o risco de mortalidade pela dengue. Esse dado só mostra, mais uma vez, que o combate à dengue depende, e muito, da ajuda e da colaboração da população”, afirma o gerente da Área Técnica da Dengue, Whisllay Maciel Bastos.

Outro dado que preocupou os técnicos da Dengue da Sesau foi que 99% dos depósitos com focos do Aedes Aegypti estavam no solo ou próximo a ele, em locais de fácil acesso. “Esses focos só foram destruídos pelo agente de endemias, durante as visitas aos imóveis. A prática de destruição dos criadouros ou depósitos deve ser rotina da população para evitar o aparecimento desses focos”, explica Whisllay Bastos.

Em 2010 o Tocantins registrou redução expressiva no número de imóveis e depósitos encontrados com focos. Foi o primeiro ano em que o serviço de combate ao Aedes aegypti apresenta redução neste indicador. No ano passado foram localizados, e destruídos, 54.596 focos do mosquito transmissor da doença. Este número é 25% menor que o encontrado no ano anterior, quando foram destruídos 71.596 focos pelos agentes de saúde.

A redução é muito significativa, especialmente porque em 2010 foram realizadas 3.638.154 inspeções, superando em mais de 75 mil inspeções que o total realizado em 2009, ou seja, aumentou o número de inspeções e reduziu o número de focos.

O número de imóveis com focos também reduziu. Em 2010, 29.236 imóveis continham focos do mosquito transmissor da dengue. Em 2009 foram encontrados focos em 38.268 imóveis.

Em razão da limpeza dos terrenos baldios dos 25 municípios prioritários para o combate à dengue no Tocantins houve também a redução de focos neste tipo de terreno, em 2010. Apenas 0,03%, 1.792 dos 54.225 encontrados, estavam em terrenos baldios.

Dados da análise laboratorial apontam que 62% (32.421) dos focos detectados continuam larvas do Aedes aegypti, ou seja, seis em cada 10 focos de mosquitos detectados é da espécie transmissora da dengue.

No Tocantins, depósitos com água em locais de difícil acesso devem ser listados na rotina dos agentes de saúde, para serem inspecionados por equipes com veículos e escadas. “Ações simples como manter as caixas d’água vedadas com tampas e/ou telas contribui para a redução de focos do Aedes”, explica Whisllay Bastos.

Mesmo após intenso investimento do SUS – Sistema Único de Saúde em informação, educação e outras ações preventivas e de mobilização social, a dengue avança pelo Brasil. Em 2010, a doença foi causa de mais de 500 óbitos pelo País e acometeu mais de um milhão de pessoas.

Focos Online

O sistema Focos Online foi criado pela Área Técnica da Dengue da Sesau e permite a identificação e localização dos imóveis com focos por ruas, quadras e bairros, além de permitir a inclusão de imagens dos focos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sesau