Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­tica

Em entrevista concedida antes do início da sessão da manhã desta terça-feira, 5, o deputado Sargento Aragão (PPS), líder do bloco PPS/PSB na Assembeia Legislativa, comentou sobre o assassinato do trabalhador Everaldo Moraes de Araújo na noite da útima sexta-feira, 1º de abril, em frente a uma pizzaria no centro de Palmas.

O deputado que é oficial da Polícia Militar classificou como lamentável a ação dos policiais que culminaram na morte de Everaldo. “A ocorrência já começou de forma tumultuada e chegou ao local onde se deu o momento trágico”, completou.

No entanto, o deputado frisou que ainda prefere aguardar o fim das investigações antes de se pronunciar oficialmente sobre o caso. “A gente prefere aguardar o fim das investigações, mas isso poderia ser evitado”, disse.

O deputado ainda destacou que é preciso que a lei de segurança do Estado seja revista. De acordo com ele, a legislação do Tocantins não permite que oficiais sejam encaminhados para as patrulhas nas ruas da cidade. "Por que os oficiais não podem liderar as rádio-patrulhas?", questionou.

Contudo, mesmo lamentando o ocorrido, o deputado questionou o sistema de policiamento estadual. "Se a situação está desta forma, a culpa é do governador do Estado, sim. Precisamos colocar o dedo na ferida", concluiu

Verbas para a Segurança

Durante a entrevista, Aragão lembrou da solicitação de verba que fez para o setor da Segurança Pública durante sua passagem anterior pela AL, quando suplente do deputado Eduardo do Dertins (PPS). “Será que aqueles R$ 8 milhões que eu coloquei para a Segurança não estão fazendo falta agora?” questionou.

Comissão de Segurança Púbica

Aragão, que é o presidente da Comissão de Segurança Pública da AL, destacou que acompanhará de perto as investigações sobre a morte de Everaldo, mas que, para acionar a comissão ainda precisa aguardar a denúncia da entidade. No entanto, ele destacou que a Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Freire Junior (PSDB), líder do governo na Casa, já foi acionada e está acompanhando o caso.

Stálin critica governo

O deputado Stalin Bucar (PR) aproveitou as discussões sobre a morte do trabalhador para tecer duras críticas ao governador Siqueira Campos (PSDB). De acordo com o deputado, o responsável pelas ações da PM é o governo do Estado que traça as metas e estratégias de ação. “Parece que depois que o Siqueira entrou, ele está complicando as coisas diariamente”, disse.

Ainda em tom mais áspero, o deputado classificou o policial responsável pela morte de Everaldo de “marginal de farda” e disse que é necessário que o governo mude suas estratégias dentro da Segurança Pública. “Para que não fiquemos mais com medo de quem deveria nos proteger”, finalizou.

Outros deputados comentam

Já a deputada Josi Nunes (PMDB) apresentou nota de pesar para a família do trabalhador e pediu celeridade nas investigações “para que situações tristes como esta não voltem a acontecer”.

O deputado José Bonifácio (PR) informou que sua filha estava no local da tragédia e presenciou o acontecimento. O deputado classificou como execução o que aconteceu com o trabalhador morto na última sexta. “Ali houve uma espécie de execução com dois tiros. Minha filha presenciou tudo. Se fosse uma bala perdida, hoje eu poderia ter perdido uma filha, uma neta”, completou.