A definição de um novo planejamento estratégico para a Amazônia pautado pela redução das desigualdades é a meta da Sudam para os próximos anos. O assunto foi debatido na manhã desta terça-feira, 19, em reunião do superintendente da autarquia, Djalma Mello, e todos os servidores da instituição.
Segundo Mello, a Sudam se pautou até o momento em resgatar o trabalho técnico que estava parado desde a extinção da Superintendência, em 2001. Entre as principais realizações até aqui estão a operacionalização do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), a análise dos projetos de incentivos fiscais e o atendimento à prefeituras e governos estaduais por meio de convênios e emendas parlamentares. Outras ações que também merecem destaque foram os estudos de Arranjos Produtivos Locais, das mesoregiões, do Zoneamento Ecológico-Econômico da BR-163 e o Plano do Marajó. Esses serviços estão consolidados, segundo o superintendente.
A partir deste ano o objetivo da Sudam é ultrapassar a linha operacional e definir um planejamento de atuação mais incisivo, focado no combate à desigualdade e eliminação da pobreza. “A Sudam não deve ser só o que faz, é preciso fazer mais, agora com uma nova visão estratégica de atuação”, disse Mello.
Os técnicos, sobretudo os de nível de pós-graduação, foram convocados para coordenar esse processo com a orientação do Ministério da Integração Nacional. Entre os principais temas apontados como prioridade de atuação do órgão de desenvolvimento está a realização de estudos de estruturação de programas setoriais como de infraestrutura, indústria e alimentos focados na redução das desigualdades regionais; abertura dos incentivos fiscais e do FDA para atender as micro e pequenas empresas; promoção do desenvolvimento da faixa de fronteira.
A Sudam também quer estudar e estruturar proposta de criação de um Fundo Social para atender, prioritariamente, as populações periféricas dos grandes projetos de infraestrutura financiados pelo FDA.
Além das questões macro a Sudam quer está mais próxima dos Estados e municípios da Amazônia, sobretudo os de menor dinamismo econômico. A meta é orientá-los na captação de recursos para ações consideradas imediatas para o desenvolvimento local. A proposta de planejamento inclui ainda a integração econômica entre os estados, identificando, por exemplo, quais dos nove estados são convergentes e quais são competitivos. “Com isso, teremos um mapeamento qualitativo do potencial de cada estado e o formato de políticas adequadas para cada um deles e, ao mesmo, para todos de forma convergente”, conclui Mello.
Fonte: Ascom Sudam