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Polí­tica

Foto: Clayton Cristus

Foto: Clayton Cristus

Durante sessão ordinária desta quarta-feira, 25, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual José Roberto Forzani (PT) falou sobre a decisão da Câmara Federal em aprovar as alterações no Código Florestal, realizada na noite da terça-feira, 24.

“Sabemos que algumas determinações deste Código são muito perigosas, aquilo que antes tinha definição clara, agora permite novas interpretações e estas interpretações serão utilizadas para que os crimes ambientais permaneçam existindo em nosso País. A decisão tomada, principalmente a respeito da anistia dos crimes ambientais àqueles que já estão condenados possibilita um maior desgaste e degradação ao meio ambiente”, ressaltou Zé Roberto.

O deputado analisou ainda as razões que deram origem às mudanças no Código Florestal. “A partir de uma luta de mais de duas décadas, conseguimos em 2007 que o Governo Federal não financiasse mais aquelas propriedades com irregularidades ambientais e é esse fato que dá origem às mudanças do código florestal. Ao invés de mudar as práticas e a maneira como o agronegócio trata o meio ambiente, partiram para o que é mais fácil na visão deles, que é mudar a lei e é isso que representa a alteração no código. Ele não representa um comprometimento com a sustentabilidade, mas a permanência dos crimes ambientais. O código caminhou pra trás e o país caminhou junto”, destacou.

Zé Roberto informou que já está organizando a audiência pública para debater sobre o Código Florestal na Assembleia nos próximos 15 dias. “Queremos fomentar esse debate em nosso Estado e defendemos a continuidade das discussões para que as mudanças aprovadas no Código não caminhem avante”, disse. As emendas ao Código Florestal serão encaminhadas para o Senado e posteriormente para sanção da presidente Dilma Rousseff, que tem poder de veto.

Dia do Trabalhador Rural

Ainda durante a sessão desta quarta, o deputado estadual Zé Roberto, lembrou sobre o dia Nacional do Trabalhador Rural, que é comemorado neste 25 de maio.

“A agricultura familiar tem sustentado nosso País e é modelo de desenvolvimento. Então poderíamos comemorar, mas infelizmente temos que repercutir a luta diária que companheiros e companheiros têm passado no campo. Ontem, 24 de maio, foi assassinado no Pará, o líder agroextrativista e assentado, José Claudio Ribeiro e sua esposa Maria do Espírito Santo. Este crime mais uma vez demonstra a imensa violência e a triste realidade que ainda vivem os agricultores familiares deste País. Esperamos por justiça e que os assassinos e mandantes sejam encontrados e condenados”, lamentou Zé Roberto.

Fonte: Assessoria de Imprensa José Roberto