Em pronunciamento feito na tarde desta quinta-feira, 9, o procurador geral de Justiça, Clenan Renaut comentou sobre as investigações da operação da Polícia Civil denominada “Inconfidente”. Na ocasião, o procurador revelou o nome da promotora de justiça Sternane de Castro Ferreira, da comarca de Miracema, que está sendo um dos alvos das investigações sobre o esquema de fraudes bancárias.
Renaut informou, no entanto que acredita na boa índole e reputação ilibada da promotora e disse que o Ministério Público manteve seu nome em sigilo por não terem sido encontrados indícios de participação de Serlane nas ações da quadrilha. “Até o momento, o Ministério Público ainda não encontrou indícios de dolo nas ações da promotora”, disse.
Uma das causas que levou a Polícia Civil a citar o nome da promotora nas investigações da “inconfidente”, segundo Renaut, é a lavratura de um alvará, por parte de Sterlane, na cidade de Miracema, o qual acabou constando entre as provas de ações da quadrilha. “Ela deu um parecer institucional concordando com um alvará que seria uma das provas de fraude”, disse.
Contudo, o procurador voltou a reiterar que acredita na inocência da promotora, que, de acordo com Clenan, continua exercendo suas funções normalmente na comarca de Miracema. “Até por que ela não é suspeita de nenhuma irregularidade”, completou.
Investigação paralela
Durante a entrevista, o procurador geral de justiça informou que o Ministério Público está efetivando uma investigação paralela à da polícia, para ter certeza de que todas as ações da promotora de justiça foram feitas dentro da legalidade. “Nós estamos investigando. O Ministério Público decidiu fazer, paralelamente, uma investigação de todo o acontecimento para saber se o parecer foi feito dentro dos trâmites da lei”, completou.
Acusações de Stálin e concurso
Um dos questionamentos levantados para o procurador geral foi sobre as acusações do deputado Stálin Bucar (PR), de omissão do Ministério Público quanto a legalidade do concurso em que o delegado Adriano Carrasco foi nomeado delegado de polícia.
De acordo com Clenan Renaut, o conselho de justiça já foi acionado por conta de denúncias de irregularidades naquele certame e o desembargador Luis Gadotti já deu parecer negativo ao pedido de liminar feito. “O Ministério Público já se pronunciou na época e houve um mandado de segurança e o desembargador Gadotti negou o pedido de liminar”, disse.
O principal questionamento então, segundo o procurador, é a legalidade na nomeação do delegado Carrasco para o cargo. Fato também questionado pelo deputado em plenário da Assembleia Legislativa. De acordo com Renaut, o Ministério Público já enviou à Secretaria de Segurança, Cidadania e Justiça, solicitação de todas as informações sobre o ato de nomeação do delegado.