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Educação

Foto: Divulgação

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Para discutir formas de reduzir a evasão escolar em todas as escolas públicas do Tocantins e formar um grupo de trabalho intersetorial, foi realizada na manhã desta quarta-feira, 15, a 1ª Reunião Interinstitucional para apresentação do projeto de implementação do Programa Evasão Escolar Nota Zero, na Secretaria da Educação.

Estavam presentes representantes da Seduc, do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Justiça, do Ministério do Trabalho, da Secretaria da Juventude, da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social, da Associação Tocantinense dos Conselhos Tutelares, entre outros.

O secretário da Educação, Danilo de Melo Souza, lembrou que no Tocantins, há 50 mil jovens fora da escola, é um desafio fazer com que todos estejam na escola e, para isso, é necessário a ajuda de todos na luta contra a evasão.

Danilo de Melo citou fatores como trabalho infantil, tráfico de memores, a prostituição que influencia a evasão escolar e citou o exemplo da cidade de Pedro Afonso, em que lá era referência em educação profissional e hoje está importando mão de obra de outros estados.

Como proposta Danilo explicou que pretende lançar em breve ações em que algumas unidades escolares irão trabalhar a profissionalização dos alunos, desde o contexto da produção até noções de comércio internacional. Mas também incentivar as atividades culturais e esportivas para que o aluno goste de ficar na escola.

Mônica Brito, do Ministério Público Estadual, frisou a gravidez na adolescência, a violência sexual e o trabalho doméstico como empecilhos para a frequência escolar. Mônica disse que estava feliz pelo discurso dos gestores da Educação porque está aliando as ações com o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente.

A juíza de Direito, Silvana Maria Parfieniok, que representou o Tribunal de Justiça, disse que as drogas têm sido causa do afastamento dos meninos da sala de aula e no caso das meninas, há uma grande incidência de prostituição.

O grupo de trabalho traçou metas e realizará outras reuniões para continuar a discussão sobre o assunto.

O que fazer com a evasão?

Na cidade de Barrolândia, localizada as margens da BR 153, as escolas enfrentam seus desafios para reduzir a evasão. Na Escola Estadual Paulina Câmara, que oferta o ensino fundamental para 292 alunos, registrou apenas duas jovens que deixaram de frequentar as aulas.

A coordenadora pedagógica Núbia Machado Soares explicou que a dificuldade dessas alunas em continuar estudando é porque tem filhos e não tem com quem deixá-los. A equipe da escola foi à casa das duas meninas, conhecer sua realidade e propor alternativas.

Na Escola Estadual Tancredo Neves que oferece o ensino médio, o gestor Valdemir, contou que muitos jovens foram trabalhar nas obras da Ferrovia Norte e Sul e não comunicaram à escola. Os educadores tiveram que fazer uma pesquisa para identificar as causas do afastamento das aulas. Nesta escola o desafio é maior porque estes alunos trabalham em trechos distantes da cidade e só comparecem à escola quando necessitam de alguma documentação.

Fonte: Assessoria de Imprensa/Seduc