O prefeito de Campos Lindos do Tocantins, Joelênio Menezes Santos (PMDB) ainda não está na lista dos gestores investigados pelo Ministério Público Estadual mas é alvo de várias denúncias por parte dos vereadores Sindiclei Bernardes (PTN), Isaque Coelho de Sousa (PPS) e ainda pelo presidente da Câmara Flávio Lourenço.
Desde 2009 os vereadores acionaram o Ministério Público através da 9ª promotoria de justiça de Araguaina. O promotor Sidnei Fiori Júnior assinou colheu o depoimento de Edimar Carvalho dos Santos que afirmou ter sido procurado pelo cunhado do prefeito, Paulo Gomes Noleto com a proposta de contrais um empréstimo junto ao Banco do Brasil.
Edimar salientou ao procurador que teve o contra-cheque falsificado, conforme anexo no depoimento ao qual o Conexão Tocantins teve acesso. O valor do empréstimo foi de R$ 13 mil e o valor seria dividido ao meio. Outras pessoas do município também teriam participado da fraude que consiste na falsificação de contra-cheques para contrais empréstimos em nome de laranjas e o débito ficaria por conta do tesouro municipal.
Os vereadores,que também prestaram depoimento sobre o assunto, questionam que mesmo com o depoimento de uma possível vitima do golpe nenhuma providência sobre o assunto foi tomada pela justiça. “O próprio Edimar contou à justiça como tudo aconteceu”, salientou Isaque Coelho.
O promotor Alzemiro Freitas está analisando o caso, segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual, e deve decidir qual encaminhamento dará para o caso.
Obras
Outras denúncias feitas pelos vereadores é sobre a construção do Parque de vaquejada da Cidade. Os parlamentares alegam que a obra foi construída por funcionários da prefeitura e não pela empresa Silva e Alencar Ltda que recebeu mais de R$ 70 mil pela obra, conforme a prestação de contas da prefeitura ao TCE.
“A gente acompanha todo dia, foram os funcionários da prefeitura que construíram o parque e não essa empresa”, aponta o vereador.Outro caso apontado pelos parlamentares que teria também irregularidades foram os serviços de pavimentação em bloquete realizado pela empresa EED Serviços Ltda.A obra que está parada no momento foi feita sem licitação, de R$ 659 mil a empresa já recebeu R$ 155 mil, argumenta os vereadores.
Notas fiscais
Outro caso também denunciado pelos vereadores foi a possível falsificação de notas fiscais para a prefeitura. A ação foi admitida através de depoimento de Felizardo Alves Dias, proprietário de uma movelaria e de um lava-jato que foi contratado para reformar e fabricar carteiras escolares.
As carterias na verdade não foram entregues e o proprietário confirmou em depoimento a auditoria do TCE sobre o assunto que um assessor da prefeitura pediu para ele fazer a falsificação.Segundo o eminente das notas, o pagamento se referia na verdade a lavagens de carro para familiares do prefeito e funcionários contratados.
“Eles lavavam os carros e ao invés de pagar eles davam nota fiscal como se tivesse consertando carteira escolar”, frisou o vereador Isac.
Apuração
Os vereadores de oposição aguardam análise do MPE sobre os casos apontados e já denunciados. “O MPE está parado. Cadê a agilidade? Enquanto isso muitas coisas erradas estão acontecendo no município”, frisou.
O Conexão Tocantins tentou contato com o prefeito para comentar o assunto mas no celular as chamadas foram direcionadas para a caixa de mensagens. Na prefeitura ninguém retornou às solicitações.