Com o intuito de debater o novo modelo de gestão compartilhada que será implantado nas Unidades Hospitalares do Estado do Tocantins, através das Organizações Sociais (OSs), a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), promoveu na manhã desta sexta-feira, 26, no auditório do Anexo I da Sesau - Secretaria Estadual da Saúde, em Palmas, o “1º Workshop Gestão Compartilhada”.
O Workshop teve como palestrante o secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Saúde São Paulo-SP, José Maria da Costa Orlando, que falou da parceira entre Estado e Organizações Sociais no compartilhamento da gestão, bem como, as experiências vivenciados na cidade de São Paulo, desde de 2007, quando o município passou a trabalhar com a gestão compartilhada com OSs na área da saúde.
Para o secretário interino de Saúde do Tocantins, Arnaldo Alves Nunes, essa é uma oportunidade para debater e tirar algumas dúvidas que ainda persistem em relação às OSs. “Vamos daqui para frente aperfeiçoando esse conhecimento para essa prática que vamos ter. O Dr. Jose Maria veio para nos ajudar nesse debate interno de construção do novo modelo de gestão na saúde”, ressaltou.
Segundo José Maria, a gestão compartilhada no processo de parceria significa retirar da responsabilidade direta do Estado apenas uma parte de um conjunto de atribuições. “Quando trazemos a parceria com as OSs, o Estado continua fazendo o seu papel, delegando para outra entidade parceira a execução direta do serviço, ou seja, nada além de uma delegação sob responsabilidade do Estado. A entidade vai executar o que lhe for estabelecido nas políticas e diretrizes dadas pelo Estado, portanto, com esse processo de parceria de compartilhamento das responsabilidades o que se pretende é encontrar ideias criativas, modernas que permitam desonerar todo o peso de responsabilidade da máquina estatal que é bastante pesada, criando mecanismos inteligentes de fazer a mesma tarefa de uma forma mais adequada”, apontou.
José Maria destaca que essa conexão entre o poder público e a entidade é um novo modelo de gerenciamento, aperfeiçoado e modernizado numa forma de parceria que já é mais do que reconhecida e respeitada pela população. “Esse novo modelo de gerenciamento representa uma forma de participação social da gestão. É o Estado se abrindo um pouco mais, para a sociedade participar do processo, reconhecendo que estas entidade sociais são representantes da sociedade civil organizada, que são levadas para dentro da máquina estatal para, junto com elas, compartilhar a gestão pública de saúde”, ressaltou.
“Estou aqui para dividir as nossas experiências vivenciadas em São Paulo. Essa nova busca de modelo de gerenciamento para a saúde do Estado do Tocantins já é vivenciada no estado de São Paulo desde 1998 e no município paulistano vem desde 2007”, disse.
“Estamos falando de 12 anos de trajetória no estado de São Paulo e de 4 anos no município. Portanto, posso dizer que este tipo de atuação em gestão compartilhada é algo que vem dando certo e que outros Estado vêm seguindo o exemplo, em busca de novas possibilidades, para reduzir custos e promover uma melhor assistência a saúde no serviço público”, concluiu o secretário adjunto.
Participaram do evento o secretário interino da Saúde, Arnaldo Alves Nunes, o secretário extraordinário de Gestão Hospitalar, Raimundo Boi, o superintendente da CMB José Luiz Spigolon, superintendentes e diretores da Secretaria Estadual de Saúde, além de representantes do Conselho Estadual de Saúde do Estado do Tocantins. (Assessoria de Imprensa)