A Secretaria da Saúde de Palmas (Semus) realiza capacitação de enfermeiros da rede municipal, em Manejo Clínico e Vigilância no Controle da Leishmanioses em Humanos, na segunda-feira, dia 10, a partir das 08 horas, no auditório da Semus, à 103 Sul. Durante a capacitação, os profissionais serão atualizados sobre como realizar diagnóstico precoce, fluxograma de atendimento a pacientes suspeitos de leishmanioses tegumentar e visceral, bem como, sobre a prevenção e controle das doenças.
"O município de Palmas é uma região endêmica para as leishmanioses. A prevenção é o melhor meio de se preservar a saúde. Mas, quando a doença aparece, o diagnóstico precoce é imprescindível para o sucesso do tratamento", destaca Samuel Bonilha, secretário da Saúde de Palmas
Integração
Segundo Edimar Viana, biólogo responsável pela Área Técnica de Vigilância às Leishmanioses de Palmas, uma das grandes dificuldades encontradas pela Semus é resistência da população em abrir suas casas para a inspeção dos agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
“Os enfermeiros do Programa Saúde da Família são um forte elo entre a população e as equipes de controle vetorial, que enfrentam muita resistência dos moradores em aceitar a visita das equipes de endemias em suas residências. Queremos estimular a integração destes profissionais com a equipe de controle vetorial e oferecermos, assim, um fluxograma mais eficaz de diagnóstico e controle das leishmanioses”, explica Edimar Viana, biólogo responsável pela Área Técnica de Vigilância às Leishmanioses de Palmas.
Ainda durante a capacitação os enfermeiros farão visita às instalações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para conhecer todas as etapas do controle de reservatório.
Condições favoráveis
Segundo Wolney Aires Pedreira, coordenador de Zoonoses do CCZ, o mosquito palha, vetor da doença, tem encontrado condições favoráveis para seu desenvolvimento nas cidades, em função da fartura de alimentos orgânicos disponíveis nos quintais e terrenos baldios . “Embalar corretamente o lixo doméstico e destiná-lo nos dias e horários corretos, para o sistema de coleta é uma recomendação simples que é dever de todos seguir”, orienta.
Números
Em 2009 foram registrados 38 casos de leishmaniose visceral em humanos e em 2010, 36 casos foram confirmados.
A doença
A leishmaniose possui duas formas: a tegumentar (LTA) e a visceral (LVC). A visceral, também conhecida como calazar, é a forma mais severa de leishmaniose, transmitida através da picada o mosquito palha. Atinge principalmente órgãos viscerais como ,fígado, baço e medula óssea. A tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. (Ascom Semus)