A presidente da Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia
Abreu (PSD), afirmou em Nova York, nos Estados Unidos, em entrevista à
agência de notícias e rede de televisão Bloomberg, que a capacidade da produção
agrícola brasileira poderá triplicar e a pecuária dobrar, nos próximos anos,
apenas com o uso de tecnologia, sem a necessidade de mais terras. A senadora
Kátia Abreu lidera comitiva da CNA que está nesta semana nos Estados Unidos com
o objetivo de construir uma agenda agropecuária comum entre os dois maiores
produtores de alimentos do mundo.
A senadora Kátia Abreu lembrou que Brasil e Estados Unidos têm papel de
destaque num cenário futuro de aumento da demanda mundial por alimentos. “Até o
ano de 2050, o mundo terá de aumentar a produção agropecuária em mais de 70%
para atender a toda a sua população. Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos
têm condições de aumentar a produção em um primeiro momento simplesmente
investindo em tecnologia”, explicou a presidente da CNA.
Além do potencial de crescimento da produção de alimentos, outro tema abordado
durante a entrevista foi a proteção da floresta Amazônica. A presidente da CNA
lembrou que 85% do Bioma Amazônia estão preservados com florestas nativas. Em
todo o Brasil, as áreas preservadas representam 61% do território. “Apenas
38,7% do território nacional estão nas mãos do setor privado e apenas 27,7% do
território são usados para atividades agropecuárias. Os 11% restantes, mesmo
sendo áreas privadas, ainda mantêm a vegetação original, porque são áreas protegidas”,
afirmou a senadora Kátia Abreu. Também apresentou dados relativos à preservação
dos demais biomas: Caatinga (53,6%), Cerrado (51,5%), Mata Atlântica (27%),
Pampa (41,3%) e Pantanal (86,7%).
A presidente da CNA ressaltou, ainda, que os produtores rurais são os
principais interessados na preservação ambiental e defendeu que os debates
sobre esse tema sejam conduzidos por cientistas, sem a interferência de grupos
ambientalistas radicais. “Agricultor não tem interesse nenhum em causar danos
ao meio ambiente. Sem água e sem terreno fértil é impossível produzir. Nós,
mais do que ninguém, temos interesse nesse diálogo, mas é preciso fazê-lo de
forma séria e com o apoio da ciência”, afirmou.
Antes de seguir para Washington, segunda etapa da agenda da comitiva da CNA nos
Estados Unidos, a senadora Kátia Abreu discutiu em Nova York, o combate às
subvenções agrícolas nocivas, que criam preços artificiais no comércio
agropecuário internacional e causam danos aos países em desenvolvimento. (Assessoria
de Imprensa CNA)