Os principais cirurgiões cardiovasculares em atuação no Tocantins irão restringir as cirurgias realizadas por convênios médicos somente para aquelas que atenderem aos valores éticos mínimos definidos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).
A medida entrará em vigor a partir de 1º de fevereiro e, na prática, suspenderá as cirurgias realizadas por convênios como a Unimed, planos de saúde do Banco do Brasil, Geap, Cassi, Amil além do Plansaúde, entre outros.
Por meio do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO) os planos e convênios estão sendo oficiados sobre a restrição.
Os médicos se queixam que há anos a especialidade, que requer formação demorada e trata de procedimentos de alta complexidade, longa duração e exigências, vem sofrendo aviltamento nos honorários por estes convênios.
Desde maio do ano passado, intermediados pelo SIMED-TO, os cirurgiões têm encaminhado documentos com a reivindicação para que os convênios adotassem os valores mínimos dos honorários médicos pagos por cirurgias cardiovasculares, mas não foram atendidos.
Os valores praticados pelos convênios médicos no Tocantins, segundo os cirurgiões, são de 30% dos valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para os mesmos procedimentos.
Segundo os médicos, planos de saúde em outros estados do país já adotaram os valores da SBCCV, a exemplo da Unimed do Rio de Janeiro e Bahia e o Geap de Goiás. Os honorários fixados pela entidade também estão sendo respeitados pelos Correios, Amil, Fusex e Life nos estados da Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Rio Grande do Norte e Paraná. (Ascom/Simed)