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Cultura

Foto: Divulgação Igreja Nossa Senhora Santana Igreja Nossa Senhora Santana
  • Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Antônio Miranda, superintendente de Patrimônio Material e Imaterial, da Secretaria Estadual da Cultura do Tocantins (Secult), participa de reunião, nesta quinta-feira, dia 9, às 16 horas, no município de Chapada da Natividade, localizado a 191 km de Palmas e a 11 km de Natividade, onde irá discutir com autoridades municipais, membros da igreja e a população local, ações de preservação da Igreja Matriz Nossa Senhora de Santana datada do início do século XX.

Segundo Miranda, a Secult vai trabalhar junto à comunidade na elaboração de projetos para captação de verbas, tanto a nível estadual quanto federal. A Matriz de Santana vem sofrendo com a ação do tempo e a falta da manutenção necessária para preservar este bem cultural do Tocantins. “Esta reunião deve dar início ao trabalho de preservação deste patrimônio tão importante para o povo chapadense, tão importante para o Tocantins”, afirma o superintendente.

História

O Arraial de Chapada surgiu na terceira década do século XVIII, com a descoberta do ouro em suas terras. Garimpeiros, comerciantes, senhores, escravos africanos e outros vinham e desapareciam conforme surgiam e exauriam-se os veios de ouro. As minas eram disputadas pelas capitanias do Grão-Pará (Estado do Pará e Maranhão, da América Portuguesa), de Pernambuco e de São Paulo, até 1733, quando a Coroa de Portugal ordenou que as minas do alto Rio Tocantins fossem incorporadas à Capitania de São Paulo.

O nome do município existe pelo menos desde de 1780, com a instalação do posto de contagem de Chapada da Natividade e continuou sendo adotado pelos quilombolas que acreditavam na qualidade da terra plana para o plantio da lavoura.

Tombamento da Igreja de Nossa de Senhora do Carmo

A Secult, através de sua Superintendência de Patrimônio Material e Imaterial, se reúne com autoridades locais, membros da igreja e a população do município de Monte do Carmo para discutir o tombamento da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e sobre políticas para a preservação e conservação deste bem cultural, nesta sexta-feira, dia 10.

Segundo superintendente, a Secretaria deve trabalhar em parceria com a comunidade na elaboração de projetos para captação de verbas, em âmbito estadual e federal, no intuito de desenvolver políticas para a proteção, preservação e conservação dos bens patrimoniais de Monte do Carmo.

História

A história deste município localizado a 97 km da Capital do Tocantins começa a partir do “Ciclo do ouro no Brasil”, quando aventureiros adentraram os sertões à procura das minas. O bandeirante Manuel de Souza Ferreira, à procura de ouro pelo Vale do Alto Tocantins, deparou com essa localidade.

Autores como Brigadeiros Lísias Augustos Rodrigues, nos relatos de Pizzarro ao referendar as “Memórias do Rio de Janeiro”, fazia menções ao Arraial do Carmo, nos anos de 1738. Porem, alguns pesquisadores datam a sua fundação de 1741 e o historiador Luis Palacin a situa em 1746. Por essa razão, ainda não se determinou com exatidão a data do surgimento do povoado de Monte do Carmo. Cronologicamente, sua história se desenvolve com maior precisão e detalhes, quando a Rainha Maria I nomeia o Padre Faustino José da Gama, em 1870, para, no Arraial do Carmo, exercer serviços religiosos.

Sediado no sopé da Serra do Carmo, Padre Gama tornou-se o mais famoso senhor, “dono de muitos escravos e lavouras”. Na sede do município, podem ser encontrados resquícios de muros e pedras e antigos casarões em ruínas que ficam em torno da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, como testemunhos do importante povoado minerador que foi Monte do Carmo. O Distrito de Monte do Carmo foi emancipado no dia 23/10/1963, e a sua instalação aconteceu em 10/01/1964, com a nomeação do prefeito Durval da Silva R. Barros, que permaneceu até a nomeação de Ademar Pereira da Silva, em 1965. (Ascom Secult)