Durante a audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira, dia 22, na Assembleia Legislativa, representantes do Fórum Permanente da Educação e Cultura Afro-Brasileira do Tocantins entregaram uma pauta de 11 reivindicações aos deputados Zé Roberto (PT), Josi Nunes (PMDB) e José Geraldo de Melo Oliveira (PTB).
No documento, pede-se a apresentação de emenda parlamentar no valor de R$ 100 mil para a manutenção do Fórum e a aprovação de um projeto de lei de autoria da deputada Solange Duailibe (PT) que regulamenta a educação para as relações étnico-raciais no Estado.
A criação de outros projetos de lei também foi sugerida. O apoio financeiro aos mestres da cultura afro do Tocantins, criação de uma comissão parlamentar especial de combate ao racismo e a implantação, nas escolas, de um programa que previna a anemia falciforme também foram solicitadas.
Os ativistas entregaram ainda à diretora de Assuntos Comunitários da Universidade
Federal do Tocantins (UFT), Talita Butarello Mucari, que representou o reitor
Alan Barbiero, um ofício que cobra da universidade a implantação de cotas
raciais. A dirigente negou que a falta das cotas na instituição se deva a pouca
vontade do reitor, como afirmaram representantes de movimentos estudantis no
evento.
Segundo Talita, a implementação da medida está em fase de conclusão e ainda não foi garantida devido à burocracia da normativa que rege a criação das cotas. Diante das variadas cobranças, os deputados e representantes se dispuseram a encontrar maneiras de viabilizá-las.
Ainda durante o encontro foram empossados os coordenadores de dez fóruns regionais de educação Afro-Brasileira. Entre eles o de Palmas, Arraias, Paraíso, Dianópolis, Porto Nacional, Araguaína e Gurupi.
A realização da audiência pública se deveu a uma solicitação do petista deputado José Roberto Forzani e da peemedebista Josi Nunes e foi presidida pelo presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos deputado José Geraldo. (Dicom/AL)