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Estado

Foto: Divulgação

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Um fator que vem chamando a atenção neste período eleitoral é o alto índice de pedidos de licença publicados no Diário Oficial do Estado. São pedidos que vão desde afastamentos para atividade política até solicitações para tratamento médico. Para esta segunda modalidade, somente em 2012, 5.200 funcionários já precisaram se ausentar de seus cargos no Estado por licença médica.

A Secretaria Estadual da Administração, através de sua assessoria de imprensa, no entanto, negou que o número de licenças médicas de servidores públicos do Tocantins seja excessivo. De acordo com a Secad, nos últimos três anos (2010, 2011 e 2012), este número tem se mantido dentro de uma média.

Em 2010, último ano de mandato do governador Carlos Gaguim (PMDB), foram 9.742 servidores licenciados para tratamento de saúde. Já em 2011, primeiro ano de mandato do governador Siqueira Campos (PSDB), este número caiu levemente, chegando a 9.615 funcionários licenciados. Neste ano, de acordo com os dados da Secad, já foram 5.200 trabalhadores que pediram licença para tratar da saúde.

Estes números, segundo a Secretaria, são de servidores efetivos e comissionados que pediram licença para tratamento de saúde. Os dados não englobam, por exemplo, funcionários que precisaram pedir extensão da licença para dar continuidade a algum tratamento.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais (Sisepe), Cleiton Pinheiro, o índice é alarmante e atitudes precisam ser tomadas. Pinheiro já afirmou ao Conexão Tocantins, na semana passada, que vem recebendo constantes relatos de servidores públicos acusando suas respectivas pastas e setores de abusos e pressão em demasia por parte de seus superiores. “Nós temos recebido reclamações dos servidores por aumento de estresse e isso é muito prejudicial, inclusive, à atividade profissional”, relatou.

O sindicalista ainda salientou que pretende se reunir com o secretário estadual da Administração, Lúcio Mascarenhas, para propor políticas de bem-estar para os servidores do Estado. “Não adianta apenas programas de planos de saúde. Temos que criar políticas de saúde constantes para o servidor”, salientou.

Assédio Moral

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que no Brasil, 42% dos trabalhadores públicos e privados afirmaram já terem sofrido algum tipo de assédio moral em seus locais de trabalho. De acordo com o site http://assediomoral.org, assédio moral “É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras,repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego”.

Segundo especialistas, o assédio moral nos ambientes de trabalho pode levar a diversos problemas de saúde física e psicológica como: aumento da pressão arterial, distúrbios digestivos, depressão, insônia, tonturas, entre outros.