Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Campo

Foto: Nacim Borges

Foto: Nacim Borges

Está no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira, 14, o resultado da concorrência nº02/2012 que trata da venda de lotes empresariais no Projeto Polo de Fruticultura Irrigada São João, município de Porto Nacional, região Central do Estado. Das 21 propostas recebidas pela Comissão Permanente de Licitação da Secretaria de Planejamento e Modernização da Gestão Pública, oito foram habilitadas, dez classificadas e três foram desclassificadas. 

O Governo do Estado, por meio da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, oferecia, nesta licitação, 11 lotes na modalidade empresarial, com tamanhos que variam de 34 a 131,20 hectares. Nos próximos dias deverão ser divulgados os resultados da concorrência para lotes de pequenos produtores.

A empresa Kenbridge Consultant Ltda foi habilitada para os lotes 35, 36, 36/5, 36/2 e 42; Roberval Souza Silva, Robson Souza Silva, Ronário Medeiros Mascarenhas e Iury Borges Paco (Pessoas físicas coligadas) foram habilitados para os lotes 42/2 e 231; enquanto Marco Antônio Inácio para o lote 230. Os proponentes desclassificados possuem cinco dias para entrar com recurso junto à comissão de licitação.

 São João

A área total do projeto é de cerca de cinco mil hectares, dos quais 3.500 são irrigáveis e 1.800 destinados à preservação ambiental. A água, que chega até os lotes pelos canais de irrigação, é utilizada pelos produtores para o cultivo de frutíferas e hortifrutigranjeiros. Eles utilizam sistemas de microaspersão e gotejamento. 

Cerca de 70% do projeto já está implantado e os produtores já colhem os primeiros resultados, como no lote do empresário Marcelo Galati. Por lá já são 140 hectares plantados de abacaxi. Até fevereiro, segundo previsão do empresário, é esperada a colheita de 900 mil frutos, que começaram a amadurecer no mês de dezembro passado. “Já tiramos 300 mil frutos, mais de 30 caminhões carregados, que estão sendo enviados para mercados consumidores de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro”, destaca. 

Conforme Galati, a água vinda do sistema de irrigação foi fundamental para o desenvolvimento da cultura e boa qualidade dos frutos. “A água é um item fundamental na lavoura, sem ela certamente não teríamos esta produção”, garante. A meta do empresário é agregar valor ao produto, mais futuramente, com a venda do fruto já descascado e embalado à vácuo, para atender aos consumidores de grandes centros e que buscam praticidade no dia a dia. 

Em outra propriedade próxima, o agricultor Manoel Farias da Silva é também um exemplo para o Projeto São João. Manelinho, como é mais conhecido, mostra que é possível produzir banana de qualidade, mesmo em uma propriedade menor. São apenas quatro hectares e muitos cachos da fruta, dos tipos nanica, prata e maçã. Os cachos chegam a pesar mais de 50 quilos cada. “É o segundo ano de produção e estou muito contente, está me rendendo um bom lucro”, frisa, acrescentando que tem cerca de três mil bananeiras e agora quer ampliar a área plantada em mais dois mil pés. “As mudas já estão compradas e trabalho agora na preparação da terra”. (Ascom Seagro)