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Defesa do governador Siqueira Campos  diz que não provas concretas que possam levar a cassação

Defesa do governador Siqueira Campos diz que não provas concretas que possam levar a cassação Foto: Divulgação

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Um dos advogados de defesa do governador Siqueira Campos, José Rollemberg concedeu entrevista ao Conexão Tocantins nesta quinta-feira, 14, onde afirmou que o parecer da Procuradoria Geral não significa que as chances de cassação do diploma do tucano aumentaram. “ Recebemos o parecer com o respeito de sempre. O MPE atua como fiscal da lei e neste processo é natural que ele analise e apresente as suas opiniões”, frisou.

Para Rollemberg, os argumentos da procuradoria não mostram fatos concretos contra o governador.  Mesmo confiante, preferiu não adiantar um possível resultado. “ Nosso direito é ótimo, excelente. Não tenho dúvida de que nossa tese está bem calçada em provas e tecnicamente também mas não é elegante nem correto adiantar placares ou dizer que o julgamento vai ser assim ou assado”, analisou acrescentando que confia na justiça.

Siqueira e Oliveira são acusados de abuso de poder político e econômico, uso indevido de veículo de comunicação e compra de votos. “ O parecer se refere a sete ou oito episódios em Araguaina em um único programa de TV e não descreve que conteúdo este programa teria que justificaria a cassação do diploma”, questiona. Ele sustenta que toda a argumentação da defesa já foi feita nas alegações finais do processo e considera que não há nenhuma prova concreta contra o governador. “A acusação trazia uma série de fatos que o próprio Ministério Publico já rejeitou. O caso dos outdoors, a propaganda partidária e o programa em Araguaina não há nenhuma substância que justifique possibilidade de cassação. A situação do Tocantins era de desequilíbrio natural em desfavor do governador Siqueira Campos”, argumenta.

A estimativa do advogado é que em no máximo 60 dias o processo entre em pauta.  “ Não estranharia se fosse menos ou mais. Dentro do normal a tendência é que seja em até 60 dias”, frisou. Ainda não está definido se será ele ou o outro advogado do governador, Eduardo Ferrão, que fará a sustentação oral no pleno do TSE.  Rollemberg defende rapidez no julgamento. “Este processo está sendo julgado tardiamente. Um processo desta natureza que coloca em cheque a legitimidade do governo tem que ser resolvido rapidamente”, justifica.

O parecer

O parecer da Procuradoria Geral Eleitoral assinado vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau pela foi divulgado nesta segunda-feira, 11. Sandra se manifestou pelo provimento do recurso e o Rced foi enviado para o TSE onde ainda não tem prazo para ser julgado.

No parecer a vice-procuradora considera que os políticos fizeram uso irregular de meio de comunicação através do Programa Primeira Mão da TV Girassol. “A maior arma utilizada de forma irregular pelos recorridos foi a propaganda, seja por meio de programas partidários destinados aos seus partidos e partidos aliados, seja através do programa Primeira Mão, veiculado pela TV Girassol”, aponta.

O Rced, que foi protocolado em janeiro de 2011, teve como proponentes o ex-governador Carlos Gaguim (PMDB) além o deputado federal Júnior Coimbra e o deputado estadual Eduardo do Dertins. Os deputados porém já declararam não ter interesse mais na ação. Ambos atualmente são próximos politicamente ao governo do Estado.


No parecer consta que o governador se beneficiou de recursos públicos que deveriam ser para propaganda partidária. O parecer analisa ainda que houve abuso de poder econômico na veiculação de 64 outdoors ainda na época da convenção com conteúdo de caráter eleitoral e questiona a demora para retirar o material. “Há elementos nos autos que demonstram que os recorridos utilizaram-se de uma estratégia ilegal de propaganda eleitoral extemporânea, no sentido de alavancar sua candidatura e atacar a imagem do recorrente Carlos Henrique Amorim, circunstância que autoriza o provimento do presente recurso contra expedição de diploma , com a consequente cassação de seus diplomas”, consta no parecer.