A Associação dos Produtores Rurais do Acampamento Sebastião Bezerra cobrou agilidade no processo de desocupação da Fazenda Santa Rita que fica entre Palmas e Aparecida do Rio Negro. Segundo a Associação, 400 famílias vivem no local há quase três anos. “Há quase 3 anos estamos tentando fazer reforma agrária na Fazenda Santa Rita entre o município de Palmas e Aparecida do Rio Negro- TO. Estado que se diz ser da Livre iniciativa e da Justiça Social, mais isso só em Logomarca que na prática é tudo o contrário. Somos mais de 400 famílias, buscando com dignidade o direito de viver no campo, pois a Fazenda Santa Rita há mais de 20 anos, não desenvolve nenhuma função social, tendo em vista com toda clareza, como se pode se certificar em Cartório de Notas de Israel Siqueira de Abreu Campos, na comarca de Palmas- TO”, alega. A Associação pleiteia a desapropriação da área para fins de reforma agrária.
A Associação argumenta que uma pequena parte desta Fazenda Santa Rita está empenhorada no Valor de R$ 23.076.282,50. “ É bom observar que o único fim Social desta, é essa, lavagem de dinheiro , confiram esse absurdo com o Número de Matrícula 66.469. Em razão, e indignação, essa classe Trabalhadora tenta Mostrar e Provar inúmeras Irregularidades relacionadas, ás Terras supostamente da Família RebeschiniI, porque os mesmos respondem por Trabalho Escravo, pois até hoje mantém sem salário uma caseira em um barracão na fazenda abandonada, fato que Denunciamos e nada foi feito até agora. E aí cadê a justiça”, cobra a Associação. Maioria dos trabalhadores tem lavouras plantadas e criações de animais em seus lotes na fazenda Santa Rita.
Em entrevista ao Conexão Tocantins o Superintendente do Incra no Tocantins, Ruberval Gomes informou que o órgão já fez as vistorias cabíveis na área e que no momento está concluindo o laudo que vai atestar se a área é produtiva ou não. “Fizemos um pacto com o Ministério Público Federal e outros órgãos e estamos dentro do prazo estabelecido pelo calendário”, alega. O Incra orientou as famílias a fazer o cadastro para ter acesso a alguns benefícios sociais. O órgão já cadastrou cerca de 220 famílias que estão assentadas na Fazenda.
A área
Em abril deste ano foi realizada uma audiência pública no local com participação de vários órgãos que orientaram as famílias sobre o processo de reforma agrária. Na oportunidade também a delegada Gladis Graciela Cury falou que há um inquérito policial para apurar as denúncias de crimes cometidos na área, como ameaças, despejos de acampados, derrubadas de barracos, venda de lotes e cobranças para demarcação de lotes. Várias famílias foram ouvidas no inquérito.