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Estado

Foto: Divulgação

A Justiça efetivou na manhã desta quarta-feira (17), por meio da Polícia Militar e dos oficiais de justiça da Comarca de Guaraí, uma decisão judicial que intima todos os ocupantes de uma área urbana invadida por militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), desde o último dia 8 de junho em Guaraí. Os ocupantes teriam 24h, conforme determina a intimação, para desocupar o imóvel.

Cerca de 1.000 pessoas, segundo dados não oficiais apresentados por militantes do MTST, teriam ocupado o imóvel de propriedade privada desde o último dia 8 de junho, alegando que á área não possui documentação e que estaria em dívida com o estado.  Após algumas tentativas de negociação por parte dos advogados e familiares dos proprietários, parte dos ocupantes resolveu sair, mas em seguida outros retornaram afirmando que só se retiravam do local com ordem judicial.

A Juíza de Direito, Rosa Maria Rodrigues Gazire Rossi acabou acatando o pedido dos advogados dos proprietários, determinando que a Polícia Militar e o Conselho Tutelar acompanhasse a intimação dos ocupantes, juntamente com os oficiais de justiça e os advogados da família dos proprietários. Não houve conflitos, apesar da grande movimentação que existia no local.

Conforme informado pelos proprietários, a área será destinada para a criação de um loteamento urbano. Serão 1.145.322 metros quadrados, abrigando 902 lotes. Segundo informado, os lotes serão vendidos com parcelas mensais que variam de R,00 à R0,00. A empresa responsável pelo loteamento (LYSAM.X Empreendimentos Imobiliários), que também é da família, já teria conseguido autorizações junto as companhias prestadoras dos serviços de água/esgoto e energia elétrica, atestando a viabilidade do empreendimento. As licenças ambientais, de uso do solo e a autorização do município, também já teriam sido concedidas. Representantes da imobiliária também acompanhavam as intimações.

Os representantes do MTST afirmaram que vão cumprir a decisão judicial, mas irão estudar o teor do documento e cobrar das autoridades públicas municipais que regularizem a situação das centenas de pessoas que não possuem residência fixa em Guaraí.