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Estado

Foto: Márcio Vieira

O programa Tocantins Sem Sede, que vai combater os efeitos da estiagem para os moradores da zona rural da região Sudeste do Estado, está em fase adiantada de execução. Em Paranã, município com a maior zona rural do Tocantins, localizado a 304 km de Palmas, 700 cisternas do programa já chegaram. Ao todo, o município receberá 1.539 reservatórios, que serão instalados nas casas de famílias que não têm acesso a água potável.

Segundo a Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), as cisternas, com capacidade para armazenar 16 mil litros cada uma, começam a ser instaladas no próximo mês de outubro. Elas serão entregues com água às famílias. Ao todo serão instaladas 11.350 cisternas em 27 municípios, beneficiando diretamente 57 mil pessoas que sofrem todos os anos com a estiagem.

Para aliviar a falta de água enquanto as cisternas não são instaladas, o governo do Estado está realizando a ação emergencial Mais Água Sudeste, pela qual leva água em caminhões –pipa para moradores da zona rural. A aposentada Domingas Melo de Sousa, de 85 anos, mora na fazenda Nazaré, distante 28 km da zona urbana de Paranã, e é uma delas. “Sofro de pressão alta e nessa temporada do ano não posso ficar sem me refrescar. Como aqui não tinha água, eu vivia de cama, mas agora essa história começou a mudar, agora já posso banhar todos os dias”, comentou.

Com orçamento estimado em R$ 90 milhões, o governo do Estado em parceria com o governo federal está realizando uma força tarefa envolvendo a ATS, Prefeituras Municipais, Defesa Civil Estadual e Municipais. Segundo o coordenador de mobilização social do programa, Uvelton dos Santos, cada cisterna receberá uma cobertura, que servirá para a captação de água das chuvas. “Para uma família com quatro pessoas, as cisternas conseguirão abastecer a necessidade de água durante quatro meses, em média, que é o tempo necessário até que voltem as chuvas”, afirmou.

Segundo o prefeito de Paranã, Edson Lustosa, a chamada indústria da seca está com os dias contados na região Sudeste. “Somos o município com maior extensão territorial do Estado e somente com uma ação definitiva podemos sanar esse problema da seca. Este governo Siqueira Campos está fazendo pelo Tocantins em tempo recorde o que não foi feito no Nordeste que sofre há mais de 200 anos com o problema. A indústria da seca vai acabar na nossa região, graças a esse governo”, declarou.

Segundo o presidente do Comitê Gestor de Implantação do Tocantins Sem Sede em Paranã, o vice-prefeito Admar Francisco Torres, as famílias que serão contempladas com as cisternas foram escolhidas de acordo com os critérios do Governo Federal, que exige renda de R$ 140 reais por pessoa e que estejam inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). “Tenho visitado as famílias e visto a necessidade que sentem de ter água de qualidade o ano todo. Essa é a pior seca de todos os tempos, mas acredito que será a última”, comenta.

Além de Paranã, os municípios que receberão os reservatórios são o de Almas, com 373 unidades; Arraias, com 983; Aurora, com 340; Brejinho de Nazaré, com 145; Chapada da Natividade, com 181; Combinado, com 204; Conceição, com 700; Dianópolis, com 481; Ipueiras, com 150; Jaú, com 497; Lavandeira, com 109; Monte do Carmo, com 404; Natividade, com 503; Novo Alegre, com 100; Novo Jardim, com 174; Palmeirópolis, com 397; Paranã, com 1.539; Pindorama, com 280; Ponte Alta do Bom Jesus, com 205; Porto Alegre, com 694; Rio da Conceição, com 61; Santa Rosa, com 507; São Salvador, com 259; São Valério da Natividade, com 716; Silvanópolis, com 342; Taguatinga, com 901 e Taipas, com 105 cisternas de polietileno. (ATN)