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Meio Ambiente

Parque conta com 32.152 hectares de terra com árvores petrificadas

Parque conta com 32.152 hectares de terra com árvores petrificadas Foto: Alvaro Vallin

Foto: Alvaro Vallin Parque conta com 32.152 hectares de terra com árvores petrificadas Parque conta com 32.152 hectares de terra com árvores petrificadas

Local onde estão resguardadas algumas das relíquias pré-históricas do Tocantins, o Monumento das Árvores Fossilizadas (Monaf), localizado no município de Filadélfia, está passando por estruturação para receber turistas e estudiosos interessados na história preservada nas árvores do local. O Parque conta com 32.152 hectares de terra com árvores petrificadas, fósseis de uma espécie vegetal que existiu há cerca de 250 milhões de anos.

De acordo com o empreiteiro José Mazolene Leão, da empresa Técnica Viária Engenharia e Construções Ltda, responsável pelas obras, estão sendo construídos no local três blocos referentes a um Centro Administrativo, Alojamentos e um bloco de garagem. “Ali está com 60% das obras concluídas e a previsão de entrega para o final de janeiro”, frisou.

Ao todo, serão investidos R$ 900 mil na construção do centro, uma parceria entre governo do Estado e Banco Mundial. O local já é fonte para pesquisadores de diversas partes do Brasil e de outros países. Lá, são desenvolvidas pesquisas em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), a Universidade do Rio Grande do Sul e a Universidade de Aveiro, de Portugal. 

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alan Barbiero, a estruturação do Monaf representa uma maneira eficaz para a preservação da História contidas naquelas árvores petrificadas. Segundo o gestor, o local é fonte rica para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas, bem como a atração de turistas para a região. “O Monaf é fonte de acontecimentos históricos muito especiais. Lá temos árvores que datam de milhões de anos atrás”, disse.

Ainda segundo o secretário, o Monumento das Árvores Fossilizadas mostra que nem sempre o Tocantins foi área de transição entre cerrado e Amazônia. De acordo com ele, pesquisas mostram que no Monaf existem plantas fossilizadas tipicamente marinhas. “Pesquisadores do Brasil e de fora mostraram que ali tem plantas que não são do ambiente de savana, ou cerrado, mas sim do mar. Temos que preservar isso. Não podemos deixar que um patrimônio como esse seja perdido”, alertou.

Monaf

Há milhões de anos o Tocantins abrigou uma floresta que hoje é considerada o maior Monumento Natural fossilizado do mundo. Localizado na região norte do Estado, no município de Filadélfia, distante 330 km da Capital, o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins abrange uma área de 32 mil hectares no cerrado tocantinense.

O Monaf foi criado pela Lei 1.179, de 4 de outubro de 2000 e é administrado pelo governo do Estado, através do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Grande parte do material encontrado no local é de fósseis de samambaias gigantes que não existem mais e que chegavam a ter 10 metros de altura. Algumas de suas folhas ficaram impressas nas rochas da região. O Parque conta com 32.152 hectares de terra com árvores petrificadas. (ATN)