Os depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins) começaram nesta quarta-feira, dia 11, com o ex-diretor de planejamento de projetos especiais e representante do governo na empresa, Joaquim Guedes Coelho Filho. Embora tenha acompanhado a concessionária desde sua origem, a intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi o principal assunto inquirido pelos deputados.
Sobre o assunto, Guedes informou que “a Celtins não estava quebrada. O risco era do Grupo Rede. Se a Celtins recebesse o que o Grupo Rede e o Estado do Tocantins lhes deve, estaria em uma situação bem mais confortável”.
Questionado pelo presidente da CPI, deputado José Roberto Forzani (PT), sobre as falhas que levaram à intervenção, Guedes explicou que houve “transferência de resultados da Celtins para outras empresas do grupo. O Grupo Rede estava interessado nos resultados do grupo e não de uma empresa em particular”.
O deputado Eli Borges (PMDB) perguntou sobre um suposto “gato” que teria acontecido em uma subestação de Peixe. Guedes explicou que a conexão elétrica não era ilegal, mas o seu custo teve de ser repassado ao consumidor em função de mudanças nas regras da própria Aneel.