Com a criação destas oficinas para a formação de novos lapidários, será possível concorrer com os preços praticados a nível internacional.
O vice-governador do Tocantins, Tom Lyra, cumprindo uma extensa agenda de encontros com investidores em todo o Brasil, se reuniu na manhã desta quinta-feira, 29, em Natal-RN, com o empresário do ramo de minério, Fernando Montenegro. O encontro teve como objetivo destacar as riquezas minerais do Estado e da falta de oficinas de lapidação na região, o que pode gerar milhares de empregos diretos e indiretos.
De acordo com o minerador, o Tocantins é rico e detentor de vários minérios. “Com a criação de oficinas de lapidação, o Estado deixaria de depender de outros lugares no processo de purificação de minerais explorados e podendo concorrer com os preços praticados a nível internacional, sobretudo em relação aos minerais de qualidade”, disse Montenegro.
Durante a reunião Tom Lyra fez um convite a Fernando Montenegro para conhecer as potencialidades da região e frisou a importância da criação destas oficinas no Estado. “Temos muito minério a ser explorado e a implantação de oficinas de lapidação no Tocantins, certamente irá gerar, milhares de empregos e qualificar quem precisa”, afirma o vice-governador.
Com a criação destas oficinas em várias regiões do Estado, os alunos interessados no curso e que tenham habilidades para o manuseio, irão aprender o processo do qual a pedra bruta é cortada, modificar sua estrutura geométrica, e através de facetas polidas que refratam a luz, dando brilho ao colorido.
Mercado
O mercado de lapidação de pedras ornamentais, tanto as preciosas como as semipreciosas, é muito atraente, tornando a profissão do lapidário rentável, exigindo baixíssimo investimento inicial.
De acordo com dados do setor de lapidação no Brasil, o País, já foi maior centro lapidário de gemas coradas do mundo, perde espaço para os asiáticos, que compram nossas gemas brutas e as revendem lapidadas. Para cada dólar em pedra bruta exportada, o Brasil deixa de faturar outros US$ 9 por não lapidar a gema.
Teófilo Otoni (MG), maior província gemológica do mundo, tinha, em 1993, cerca de 2.700 oficinas de lapidação, em unidades familiares, gerando 11 mil empregos. Embora não existam dados oficiais, estima-se que apenas 3 mil lapidários continuem na ativa na cidade.
Como nos demais setores, a indústria joalheira tem buscado formas alternativas de diferenciar seu produto, seja para atingir novos mercados, obter uma posição de destaque nos mercados já trabalhados ou estimular o consumo.
De acordo com o empresário Fernando Montenegro, alguns contatos já foram feito e muitas empresas se interessaram em montar as oficina de lapidação. A previsão de instalação destes polos é para o segundo semestre.