O deputado estadual do PT, José Roberto Forzani subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Tocantins nesta quarta-feira, 15, e iniciou a discussão sobre as eleições presidenciais deste ano que tem na disputa do segundo turno a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) contra o tucanto Aécio Neves. “Reafirmo: quanto mais as pessoas souberem que é, quem foi e quem será o candidato da aliança conservadora, mais ele vai perder e maior será a vitória da presidente Dilma. A elite deste País sempre joga nas costas dos brasileiros que recebem bolsa família uma pecha de gente que não trabalha. A elite deste País fala contra o bolsa família”, disse.
O parlamentar citou ainda que o candidato adversário do PT recebeu por muitos anos o Bolsa Leblon em referência ao período em que Aécio residiu no tradicional reduto da elite da cidade do Rio de Janeiro. “O Aécio recebeu o Bolsa Leblon só para ficar lá passeando e festando no Leblon. Ele só teve cargo público por causa de sua família. A Bolsa Leblon é mais de mil reais (R$ 1.000)”, disse.
As acusações de Forzani continuaram e ele questionou a aquisição de alguns bens patrimoniais do candidato à presidência. “Com 25 anos ele já tinha uma rádio e um jornal. Como é que se explica isso? Não é o bolsa família que atrasa o País não, o que atrapalha são pessoas que tem um comportamento familiar que viveu há mais de cem anos às custas do erário público”, frisou.
O petista leu lista de familiares do candidato à presidência Aécio Neves que são servidores do Governo de Minas Gerais. “Nossa militância está visitando casa por casa e agora a verdade vai vencer a mentira. As mentiras estão sendo desmascaradas, Aécio foi um péssimo governador em Minas. Nós, o povo brasileiro, vamos dar o troco. As mentiras são desmascaradas uma por uma e nosso País vai seguir o rumo de inclusão das pessoas, tirar (evitar) o governo só para ajudar os ricos e poderosos, um governo orientado pelos banqueiros”, disse.
Aecistas rebatem
O deputado Amélio Cayres (SD) rebateu as declarações de José Roberto lembrando do episódio da prisão de alguns petistas em razão do caso conhecido como mensalão. “Gostaria de saber quanto é que custa essa Bolsa Leblon para formarmos a Bolsa Papuda dos petistas que estão lá (na Penitenciária da Papuda)”, ironizou.
O deputado do PSB, Ricardo Ayres, também rebateu o petista e disse que os programas sociais são patrimônio do povo brasileiro e não de um partido. “Nada mais oportuno do que darmos oportunidade para um novo projeto possa se construir. Não existe nada mais importante do que a alternância”, defendeu. Segundo ele “não nos serve as migalhas dos programas sociais para nosso Estado o mais importante é reconhecer que o pacto federativo faliu e que precisamos de um presidente que possa redimensionar essa divisão, precisamos fortalecer os municípios que estão capengas precisando de investimentos e isso vamos fazer nessa gestão do Aécio”, disse. Ayres acusou a atual gestão de corrupção.
A deputada Amália Santana do PT comentou a fala de Ayres. “Quanto mudou seu discurso deputado! O senhor disse que o governo federal libera migalhas mas o senhor precisa fazer as contas. Não é migalha, é muita coisa e temos que considerar isso”, disse.