O procurador Geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo concedeu entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta quarta-feira, 7, onde afirmou que a promotoria de Patrimônio Público já abriu um inquérito civil público para investigar as responsabilidades pelo desperdício de 10 toneladas de medicamentos que serão incinerados. O dano ao erário passa de R$ 1 mi.
Serão ouvidos no inquérito a empresa responsável pelo descarte dos medicamentos bem como a ex-secretária Vanda Paiva, o ex-Secretário Executivo Gastão Nader, o ex-diretor do departamento de apoio a Gestão Hospitalar, Luiz Renato Pedra Sá e ainda o responsável pelo estoque regulador do Estado na gestão passada. Alguns destes ex-servidores são investigados na Operação Pronto Socorro da Polícia Federal que investiga fraudes em licitações da Saúde. O atual secretário da Saúde, Samuel Bonilha também será ouvido conforme informou o procurador.
“Esse inquérito visa investigar a responsabilidade dos envolvidos nesse tipo de irregularidade. Tem medicamento desde 2011 que estava estocado sendo que os hospitais estavam precisando. Até cateter encontrei lá sendo que no HGP as cirurgias estavam suspensas por falta”, relatou o procurador que visitou o estoque regulagor do Estado.
Clenan deixou claro: “ O MPE vai cobrar o dano ao erário através de uma ação de ressarcimento. Vamos abrir também um inquérito policial por crime ao patrimônio público”, disse completando ainda que está atento a outras irregularidades que possam gerar prejuízo aos cofres públicos.
Os medicamentos vencidos ainda não foram incinerados porque a empresa responsável ficou sem receber do governo anterior.