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Foto: Divulgação

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A família da professora Heidy Ayres Leite Moreira que foi encontrada morta há pouco mais de um mês em Palmas, entrou com ação de regulamentação de visita com pedido de tutela antecipada dos filhos da professora, uma menina de 8 anos de idade e um menino de 10 anos, e foi negada pela juíza da 1ª Vara de Família da Comarca de Palmas, Odete Batista Almeida. A mãe da professora, Maria do Amparo, afirmou ao Conexão Tocantins em entrevista na manhã desta quinta-feira, 15, que desde que a filha morreu, viu apenas duas vezes as crianças.

Desde a morte da professora, o pai das crianças, Alan Moreira Borges, que é o principal suspeito pelo crime, está com a guarda dos filhos. A mãe de Heidy, Maria do Amparo, luta pela guarda dos meninos, mas segundo o advogado da família, João Dall’ Agnol, informou ao Conexão Tocantins na manhã desta quinta-feira, a juíza alegou falta de vínculo sócio afetivo. “A partir do momento que ela é avó, provada a consanguinidade e além dos vínculos do tempo que ela conviveu, que ela criou os filhos praticamente da Heidy, não há como alegar falta de vínculo sócio afetivo”, frisou.

João disse ainda ao Conexão Tocantins que entrará com recurso contra a decisão da juíza na tarde de hoje no Tribunal de Justiça.

Maria do Amparo

Em entrevista ao Conexão Tocantins, a mãe da professora Hedy, Maria do Amparo Leite de Oliveira, 61 anos de idade, afirmou que sempre teve uma relação muito boa com os netos e que, no momento, a situação está complicada. Segundo Maria, quando Heidy e Alan eram casados, sempre pediam para que ela cuidasse dos meninos caso precisassem ir a algum lugar ou até mesmo viajar.

“Quando separou (Heidy e Alan) eles (as crianças) ficavam mais eu. A mãe trabalhava o dia todo e eles ficavam comigo. Ai agora ela faleceu e ele (Alan) carregou e ainda falou pra mim que se eu quiser ver as crianças tenho que ir lá e eu acho isso uma injustiça a juíza falar uma coisa dessas de que não tenho aproximação parental com as crianças. Será que uma mulher dessa bota a cabeça no travesseiro e consegue dormir? (sic)”, ressaltou.

Maria do Amparo sustentou ao Conexão Tocantins que desde que a filha morreu, viu os netos apenas duas vezes e de acordo com ela, a família de Alan sempre está presente vigiando seus passos. “Fui lá duas vezes, mas com o Alan de um lado, a mãe dele do outro, o irmão do outro. Tudo ali envolta das crianças. Você não tem liberdade para conversar com as crianças. Falo com eles por telefone, hoje mesmo conversei com a Giovana ( de 8 anos de idade) e o outro estava para o psicólogo”, disse.

Alan é tido como o principal suspeito do assassinato da professora Heidy. Maria informou que conversa normalmente com Alan e que não tem nenhuma suspeita. “Eu não tenho nenhuma suspeita. A suspeita foi o delegado que falou mas a gente fica triste em saber duma situação dessa [...] O Delegado falou que ele é o principal suspeito, agora eu não posso afirmar (sic)”, disse.

Sobre a investigação, Maria do Amparo disse que não tem muitas informações. "Ninguém procura nada, como é que estão investigando, como é que está a parte deles (da Polícia). Até agora nada!. A gente fica suspeita com uma coisa dessas", sustentou.  

Maria do Amparo não é a mãe biológica de Heidy mas cuidou da professora desde os 10 meses de vida. 

Pai das crianças 

O pai das crianças, Alan Moreira Borges, afirma que são os meninos que não querem vir para Palmas pois ainda estariam com trauma pela morte da mãe. As crianças estão fazendo tratamento psicológico. O pai afirma ainda que a família de Heidy sempre o acusa sem provas. Alan diz não ter culpa na morte da professora. (Matéria atualizada às 16h35)

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