O Sindicato dos Trabalhadores da Educação – Sintet, encaminhou nota onde rebate as declarações e acusações do deputado do PR José Bonifácio durante sessão nesta quinta-feira, 5. Segundo o Sindicato, se o deputado se incomodou com nota da entidade onde critica indicações políticas nas escolas é porque “a carapuça serviu”.
O Sintet afirmou também que o Sindicato deve legislar para todo o povo tocantinense e não para meia dúzia de apadrinhados. A entidade saiu ainda em defesa do atual secretário da Educação, Adão Francisco. “Adão foi indicado por mérito próprio e pela sua competência e formação profissional. Adão tem histórico na contribuição da luta sindical deste Estado, mas entendemos que hoje ele é governo, e o sindicato permanece com sua representatividade, o Sintet não vai parar a luta, qualquer que seja o governo ou que esteja no governo”, afirmou.
Veja a íntegra da nota do Sintet:
Nota de repúdio ao Pronunciamento do Dep. Estadual José Bonifácio.
O Sintet não só repudia como lamenta atitude do deputado estadual José Bonifácio em criticar a atuação do sindicato, em detrimento a sua defesa pela eleição direta para diretores de escola e contra a interferência política nas escolas.
O Sinte tem vinte e seis anos de história na luta em defesa dos profissionais da educação e de uma educação pública de qualidade, essa é a nossa missão. Se o parlamentar está se sentindo ofendido é por que de fato “a carapuça serviu”.
Em seu discurso na sessão de quinta-feira, 05 de fevereiro, na Assembleia Legislativa, o parlamentar se contradiz ao dizer que não há interferência políticas nas escolas, enquanto afirma “em seus dez colégios isso não acontece” (palavras de José Bonifácio), porventura, o nobre parlamentar é empresário do ramo da educação particular para ter dez escolas?
Para o Sintet as escolas são da comunidade e devem ter autonomia dos profissionais competentes para serem geridas, visando assim que o objetivo de se oferecer uma educação pública de qualidade seja cumprido.
O Sintet acredita que o deputado José Bonifácio deve se ater ao papel de legislar em prol do povo tocantinense e não de meia dúzia de apadrinhados. E se tem interesse em legislar em favor dos profissionais da Educação que contribua com apoio ao debate, que solicita aumento de 25% para 30% dos recursos do orçamento para serem aplicados na Educação.
O Sintet sugere ainda que o deputado busque conhecer mais sobre a luta e a representatividade sindical. O parlamentar deve respeitar o trabalhador, inclusive o seu direito de protestar, e não mandar o povo e protestar “na baixa da égua”. Ora o legislador não é eleito se não para representar o povo?
Quanto ao secretário estadual, professor Adão Francisco receber o Sintet para conversar lembramos ao deputado, que estamos em um governo democrático e não na ditadura, por isso os governos dialogam com os movimentos sociais e sindicais.
O Sintet acredita na competência profissional do professor. “Adão foi indicado por mérito próprio e pela sua competência e formação profissional”. Adão tem histórico na contribuição da luta sindical deste Estado, mas entendemos que hoje ele é governo, e o sindicato permanece com sua representatividade, o Sintet não vai parar a luta, qualquer que seja o governo ou que esteja no governo.
Em seu pronunciamento o deputado só confirma quem ele é de fato, segundo as palavras dele em outro pronunciamento na tribuna da Casa de Leis “Eu sou é da ditadura e gosto de ser arbitrário”.
O Sintet conclui dizendo que não se intimida com a indignação do deputado e que fortalecerá seu empenho na luta por uma educação pública de qualidade, porque acredita que só com educação é que o povo pode ser liberto de representantes como o nobre deputado.