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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Após polêmica com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação – Sintet e que gerou até nota de repúdio de mais de 10 entidades de movimentos sociais o deputado José Bonifácio (PR) disse na sessão desta terça-feira, 10, que levou “porrada demais”. Segundo ele, houve um certo desvio de suas intenções. “Levei porrada de quem não entende nada de educação. O que eu queria dizer aqui foi um pouco deturpado. Eu não estava discutindo legalidade ou não de eleição de diretor de escola”, disse.

“O que me chateia muito é tentarem fazer frases que eu teria dito”, disse se referindo à uma fala do Sintet que afirmou que ele seria adepto da ditadura. “Dizer que eu gosto de ser arbitrário? Legislador nunca é arbitrário. Isso é maldade!”, frisou.

O deputado afirmou que eleição para diretor, defendida pelos Sindicatos, é inconstitucional. “Vocês sabem que eleição para diretor de escola é inconstitucional?”, disse mostrando algumas decisões do STF que seriam jurisprudência para sua afirmação.

“Enquanto sou julgado ditador segundo o Supremo estou dependendo a democracia e aqueles MST, MAB via campesina estão fazendo democracia? Será que vou continuar arbitrário, amante da ditadura porque dependo o que o Supremo diz certo?”, concluiu.

Benefícios anulados

O deputado José Bonifácio afirmou que a LRF proíbe a aprovação dos benefícios pela gestão passada. Segundo ele a saída jurídica é suspender as promoções dos militares. “Entidades e servidores prejudicados entrarão na justiça e se ela conceder autorização liminar o governo é obrigado a pagar e aquele pagamento não entra na apuração nem nos gravames da Lei de Responsabilidade Fiscal, Uma saída inteligente!”, disse.

Entenda

A polêmica começou semana passada quando o Sintet encaminhou nota à imprensa se manifestando a favor da eleição para diretores e contra interferência política nas escolas. Bonifácio foi na tribuna e desqualificou o Sindicato. Num discurso acalorado sobrou até para a área da Educação do Estado que foi prontamente defendida pelos deputados Amália Santana e José Roberto Forzani. Na réplica o Sintet encaminhou outra nota chamando o deputado de ditador e arbritário. Mais de seis movimentos dentre eles MST e MAB também mandaram nota dizendo que o discurso do parlaentar representa o que há de mais atrasado na política brasileira.

Essa não é a primeira polêmica do deputado com representantes de movimentos. Numa discussão sobre auxílio-moradia em 2013 ele chegou a chamar integrantes de movimento de "babacas" da tribuna da Casa de Leis.