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Saúde

Foto: Divulgação

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Andamento de processos de compras, gestão de custos e gestão de recursos humanos. Esses foram alguns dos tópicos abordados em reunião realizada com diretores de hospitais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) na tarde desta segunda-feira, 30, em Palmas.

Além do secretário estadual de Saúde, Samuel Bonilha, participaram do encontro representantes dos 19 hospitais da rede estadual, que atuam nas funções de diretor geral, diretor clínico e diretor administrativo, e superintendentes e técnicos das áreas de Atenção às Políticas de Saúde, Planejamento do SUS, Formação e Regulação do Trabalho, Vigilância em Saúde, Administração e Logística Especial e Gestão de Fundo de Saúde, que aproveitaram o espaço para oferecer apoio técnico e orientações.

“Queremos alinhar nossa estratégia de gestão com vocês porque somos todos elos de uma só corrente. Temos um grande desafio e estamos em busca da solução para os problemas que encontramos”, enfatizou o secretário aos diretores. Bonilha também aproveitou o encontro para explanar as providências já alcançadas desde o início do ano, como o pagamento do parcelamento dos plantões extras atrasados e a abertura de sete processos de licitação para compra de medicamentos para abastecimento dos hospitais.

Para o diretor geral do Hospital Regional de Augustinópolis (HRA), Ho-Che-Min Silva Vieira, encontros periódicos são importantes para levantar soluções conjuntas na gestão. “Nesse momento, temos encontrado muitas dificuldades, com relação a plantões extras, logística e abastecimento,  mas são coisas que aos poucos serão solucionadas. Acredito que estamos no caminho certo”, disse.

Otimização de custos

Os diretores foram informados ainda sobre um projeto-piloto que está em execução no Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), no Hospital Infantil de Palmas (HIP) e no Hospital Geral de Palmas (HGP) e que envolve um sistema de registro de custos. “Estamos implantando um centro de custo que vai servir como fonte para o levantamento de dados estatísticos envolvendo custos e indicadores gerenciais. Assim vamos saber de forma mais fidedigna o que é gasto e em que estão sendo aplicados os recursos operacionais, administrativos e de pessoal”, informou a superintendente de Planejamento do SUS, Luiza Regina Noleto. A superintendente ainda informou que até o fim do ano outros três hospitais devem receber o novo método de registro de custos.

Além disso, também foram apresentados aos presentes planilhas de custos com manutenção dos hospitais, de modo a exemplificar aos diretores quais pontos merecem atenção sobre possíveis adequações que possibilitem redução de gastos, como os valores de custeio de higienização, limpeza, lavanderia e refeições dos 19 hospitais, que somam R$ 106.820.807,46. Valor que corresponde a 88% dos R$ 120 milhões referentes ao montante da Fonte do Tesouro Hospitalar, conforme detalhamento apresentado na reunião.

Os diretores foram alertados sobre a necessidade de mais rigor no registro da produção realizada pelos hospitais. O secretário ainda orientou aos diretores a reduzir ao máximo os custos com gastos fixos como água, telefone, energia elétrica e com lixo. “Uma coisa que podemos fazer é incentivar a equipe a garantir, por exemplo, que está sendo feita corretamente a separação do lixo orgânico do lixo hospitalar”, exemplificou Bonilha, em menção a uma possibilidade de melhor gerenciamento dos gastos com descarte de lixo hospitalar, cujo método de aferição de resíduos especiais é a pesagem.

Rede hospitalar

A rede estadual de saúde é composta por 19 hospitais, de médio e grande porte, sendo o Hospital Geral de Palmas (HGP) a maior unidade hospitalar do Estado. Essas unidades gerenciam atualmente 1.406 leitos, que correspondem a 62,77% dos leitos hospitalares existentes no Estado. São, ao todo, 1.310 leitos de internação geral e outros 51 leitos de Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) e 106 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Todos esses leitos são encarregados de 85% das internações ocorridas no Tocantins.