Até a próxima segunda-feira, 13, o Governo do Estado deve se manifestar a respeito da situação de 180 famílias que residem na Vila Agrotins, na região Sul de Palmas, que correm o risco de terem que deixar os 157 hectares onde vivem e produzem por conta de um título de propriedade concedido em 2010 para empresários e também à Investco, que também aparece como dona das terras.
Em reunião ocorrida na manhã desta quarta-feira, 08, entre os vereadores Milton Neris, Joaquim Maia, Rogério Freitas, Pastor João Campos e Wadson da Agesp, bem como representantes das famílias, com o procurador-geral do Estado, Sérgio do Vale, este se comprometeu em estudar a situação com cautela, já que se trata de uma questão que se arrasta há cerca de quatro anos.
Ontem pela manhã, os vereadores e os representantes dos moradores também se reuniram com o presidente do Instituto de Terras do Tocantins (Itertins), Júlio César, que se dispôs em colaborar para que o impasse seja resolvido.
Por conta de uma ação de reintegração de posse requerida pelos empresários Rossine Aires Guimarães e Benedito Neto de Faria, as 180 famílias teriam que deixar a Agrovila Agrovale. Entretanto, o juiz da Comarca de Palmas, Zacarias Leonardo, intercedeu a favor das famílias para que elas permaneçam no local até a próxima quarta-feira, 15, prazo esse em que os requerentes devem também se manifestar.
Os vereadores pediram ao procurador-geral que o título expedido a favor de Guimarães e Faria seja cancelado, já que pelo menos nove vícios já foram constatados no processo de titularidade. Na manhã de terça-feira, 07, a Câmara Municipal realizou uma audiência pública para discutir o assunto, quando os vereadores se posicionaram em favor das famílias. A audiência foi uma iniciativa do vereador Milton Neris que defende o direito de posse de quem reside e produz nas terras devolutas. (Da assessoria)