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Polí­tica

O embate político na capital Palmas continua e esquentou nesta quinta-feira, 9 na Assembleia Legislativa do Tocantins. O deputado Wanderlei Barbosa (SD) respondeu nesta quinta-feira, 9, da tribuna da Casa de Leis aos ataques dos vereadores de Palmas da base do prefeito Carlos Amastha (PP) em razão de suas críticas à gestão municipal. “Me chamaram até de coronel, há quem me dera pelo menos ser cabo. Por um lado fiquei animado e por outro fiquei triste porque acho que a Câmara tem uma função de fiscalizar a maneira como orçamento está sendo gerido”, disse o deputado.

Sobre as várias acusações do vereador Milton Neris (PR), o deputado frisou que prefere não responder. “Não quero responder, conheço seu comportamento, o prefeito o chamou de safado em rede social e acho que o prefeito estava correto com relação a esse cidadão”, disse.

O parlamentar anunciou que vai apresentar um requerimento CPI da Saneatins pedindo informações sobre convênios com a Prefeitura de Palmas.  “As informações  de rua que temos é que além de um investimento que a prefeitura fez queremos fazer uma averiguação disso. Quero saber de que forma a Saneatins fez esse acordo? qual o montante que  a prefeitura passou e de que modo a prefeitura aplicou, se houve licitação e legalidade desses atos. Essa é a forma que eu quero que a Câmara proceda sendo peça de controle de gastos”, afirmou. Até o filho do vereador foi acusado pelos vereadores de ter recebido sem trabalhar e Wanderlei rebateu: “Não quero comentar sobre meu filho, ele incomoda os vereadores que acham que ele é adversário, isso é um projeto do meu filho”, disse, sobre suposta pretensão eleitoral para o próximo ano.

O deputado disse que não vai se intimidar e que continuará questionando os gastos públicos da gestão principalmente na área do esporte. “Podem preparar as cartucheiras porque tenho essa tribuna para fazer o que acho que é conveniente fazer, o ataque pessoal é bem vindo e é sinal que incomodou mas eles precisam responder à sociedade”, disse Barbosa ao frisar ainda que espera as respostas dos questionamentos que fez à Fundesportes. “Se acharem que a função deles é blindar a prefeitura que façam isso e demonstrem à sociedade que estão envolvidos também”, disse.

O deputado Valdemar Junior (PSD) comentou o assunto e disse que a Prefeitura de Palmas e a Fundesportes tem obrigação de responder os questionamentos de Wanderlei Barbosa. “A obrigação de explicar é da parte que foi questionada, qualquer gestor público tem obrigação de dar satisfações ao povo. Não entendo o porque dessa celeuma, será que vai precisar o MPE para as informações?". Valdemar disse estar indignado. “Essa não é característica do governo que fui líder dele, não era essa a prática dele, me estranha muito as reações, a falta de clareza por parte do gestor e do setor cobrado”, disse.

Olyntho Neto, que questionou a cobrança de guinchos disse que recebeu ligações informando que o secretário de Mobilidade e Transporte da capital, Cristian Zini, irá prestar esclarecimento. “Tem que sempre prevalecer o princípio da transparência”, disse. 

Nenhum deputado presente na sessão saiu na defesa da Prefeitura de Palmas, inclusive a deputada Valderez Castelo Branco, correligionária do prefeito. (Atualizada às 13h23)