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Foto: Divulgação

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As discussões sobre o aumento da tarifa de transporte coletivo em Palmas se intensificam e a possibilidade real de aumento no valor pago pelos passageiros já preocupa não só quem utiliza o transporte como principal meio de locomoção na mais nova capital do País mas também alguns representantes políticos da capital.

As propostas base já foram apresentadas: a Prefeitura de Palmas sugere R$ 3,13 e o Sindicato da Empresas de Transporte Urbano (Seturb), afirma que a tarifa ideal para cobrir os custos seria R$ 3,17. Conforme o Conexão Tocantins já mostrou, comparativamente com outras capitais, se a tarifa passar de R$ 3,00 já será uma das mais caras do País.

A Assembleia Legislativa do Tocantins não integra o Conselho Municipal de Transporte e Acessibilidade da capital, que instituiu câmara temática para analisar o tema, mas os deputados que representam a capital já externaram preocupação com a possibilidade de aumento. Na Casa de Leis eles estão apreciando nas comissões a lei do executivo estadual que vai isentar o ICMS do óleo diesel para as empresas da área do transporte coletivo. Mesmo com esse incentivo e com a isenção do ISSQN, proporcionada pela prefeitura da capital, a tarifa deve aumentar como já afirmou ao Conexão Tocantins o presidente do Seturb, José Antônio dos Santos Junior, o Toninho da Miracema.

Em entrevista ao Conexão Tocantins nesta sexta-feira, 24, o deputado estadual Wanderlei Barbosa (SD) disse que avalia com preocupação a situação. “É mais um impacto para o consumidor, a gestão atual é uma gestão de aumento de taxas e tributos. Se aumentar o prefeito estará descumprindo parte de um acordo que fez de deixar a tarifa cada vez mais acessível”, disse. Para o deputado, Palmas está ficando cada vez mais cara para se viver. “Isso não pode acontecer”, disse.

Para o deputado também da capital, Eli Borges (Pros), a possibilidade de aumento vem num momento onde a sociedade está “sangrando” financeiramente. “A sociedade já está sangrando demais com o custo para viver na cidade cada dia mais alto, paga estacionamento, aumenta transporte coletivo, chegou a hora de provocar o respeito ao bolso do consumidor”, disse.

Eli Borges sugere uma rediscussão na base de cálculo da tarifa. “Tem muita gente ganhando dinheiro nisso e enquanto isso há uma verdadeiro assalto ao bolso do consumidor que já paga um IPTU caríssimo e tantas outras coisas”, disse o deputado.

O deputado Valdemar  Junior (PSD) que foi vereador da capital por dois mandatos disse ao Conexão Tocantins que a Assembleia está fazendo a parte dela com relação à isenção do ICMS do diesel para as empresas porém falou do aumento dos insumos e custos das empresas. “A parte que nos tocava fazer, estamos fazendo aqui na Assembleia com relação à isenção do ICMS do diesel que vai entrar em votação na semana que vem mas mesmo assim fui fazer as contas e realmente pesa no bolso da categoria”, disse. Ele afirmou que há uma perspectiva de aumento de mais 10 ônibus no horário de pico e 22 km a mais rodados além de nova frota.

Valdemar lembrou as melhorias realizadas pelas empresas no sistema de transporte bem como o congelamento no preço da tarifa nos últimos anos e diz esperar que seja definido um artifício para diminuir o impacto do aumento no bolso do consumidor. “Temos que esperar agora o conselho, acredito que vai haver bom senso e mesmo que o conselho traga uma tarifa de mais de 3 reais o Amastha (prefeito Carlos Amastha) deve chamar e negociar com as empresas”, disse.

Tarifa

A atual tarifa remuneratória é de R$ 2,80 porém o consumidor paga somente R$ 2,50 já que a prefeitura subsidia o restante e há ainda os incentivos do óleo diesel e ISSQN. Há a possibilidade da taxa aumentar porém o consumidor continuar pagando o mesmo valor caso a prefeitura subsidie o restante. O vereador da base do prefeito e membro do conselho, José do Lago Folha Filho (PTN) afirmou ao Conexão Tocantins que o prefeito deve usar os recursos do estacionamento rotativo da capital e ainda relocar recursos de outras áreas para tentar subsidiar a tarifa.