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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A reforma política movimenta os bastidores políticos e da opinião pública principalmente com a expectativa de aprovação de mudanças já para o próximo ano. No Tocantins estava marcada para a próxima semana uma audiência pública para discutir o tema na Assembleia Legislativa porém o evento foi adiado para o mês de maio.

O pedido foi do deputado estadual do PMDB, Nilton Franco. A audiência deve contar com a presença do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha além dos deputados Marcelo Castro (PMDB-PI), que é o relator da comissão especial que debate a reforma política e até do vice-presidente da República, Michel Temmer que já sinalizou participação.

O Conexão Tocantins ouviu vários deputados sobre o assunto e maioria defendeu o fim da reeleição para o Executivo porém se dividem quando o assunto é o Legislativo.

Para o presidente da associação Tocantinense de Municípios do Tocantins, prefeito de Brasilândia, João Emídio (Sem partido) a bandeira da entidade e dos gestores é o fim da reeleição porém a unificação das eleições. “Nós concordamos com o fim da reeleição e queremos um mandato de 6 anos. Essa é a bandeira da ATM”, disse.

Conforme o presidente os prefeitos são os mais prejudicados com as eleições de quatro em quatro anos. “É preciso que coincidam os orçamentos estadual e das prefeituras para que os prefeitos não sejam prejudicados. Os prefeitos do Estado, por exemplo, estão desde o dia 7 de julho parados por causa das eleições do ano passado de governo, quem sofre com isso são os prefeitos porque para tudo”, argumentou.

No Tocantins 112 prefeitos estão aptos a buscar a reeleição no ano que vem dentre eles os das três maiores cidades do Estado.

Para o deputado petista José Roberto Forzani as discussões da reforma política não podem acontecer no sentido de favorecer quem já tem mandato e sim a democracia. “ Está bem claro as coisas que temos que mudar, acabar com as doações de dinheiro provado de empresas e proibir as coligações proporcionais para 2016 entendo que já é um grande passo para fazermos uma reforma realmente consciente”, opinou.

Com relação á reeleição ele é a favor que acabe não só para prefeitos mas também para os mandatos legislativos. “ Não só no Executivo mas penso que temos que limitar os outros cargos legislativos também”, disse.

Já o deputado e presidente estadual do Pros, Eli Borges prega cinco itens que segundo ele vão mudar o Brasil. “ A regulamentação da pesquisa, permitir a coligação entre partidos mas sem negociata de tempo de TV para que todos tenham o mesmo tempo, mandato para os mais votados e ainda que os programas eleitorais devem ser feitos pelos tribunais eleitorais num estilo de liberdade e que sem proibidas as contratações em campanha para evitar boca de urna”, disse.

Com relação á reeleição Eli afirma ser a favor de um mandato de cinco anos. “ Sou contra reeleição de Executivo, é melhor aumentar o mandato para 5 anos que dá tempo para o gestor desenvolver o trabalho”, disse.

Por sua vez, o deputado Valdemar Junior do PSD é a favor da reeleição. “ Não sou contra, no mundo inteiro temos reeleição, o que atrapalha o sistema político não é a reeleição e sim os mecanismos que alguns usam para se reeleger”, ponderou.

Crítica

O presidente da Assembleia Legislativa, Osíres Damaso (Democratas) afirmou ao Conexão Tocantins que é necessário acabar com as coligações além da reeleição.  “ É preciso acabar com a reeleição para que os gestores não façam administração pensando no segundo mandato”, disse.

O parlamentar defendeu ainda controle rigoroso em termos de gastos de campanha pra acabar com a prática de caixa 2  e garantir a igualdade na disputa.