Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Frederick Borges

Com a proposta de discutir junto às comunidades indígenas do Estado mecanismos de garantir um melhor atendimento daqueles povos nas unidades de saúde de média e alta complexidade, acontece na Capital, durante toda esta sexta-feira, 22, a “Oficina de Acolhimento Institucional Indígena”. O evento é realizado no auditório da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), na quadra 108 Sul, em Palmas.

A oficina é organizada pela Unidade de Produção de Palmas (UP), grupo formado para análise, organização e intervenção em instituições e serviços para construir novos modos de produzir saúde. A proposta do encontro é de estabelecer estratégias de acolhimento, além de constituir equipes de referência para o tema da saúde indígena. Também compõem o grupo organizador do evento a Superintendência de Educação na Saúde e Regulação do Trabalho da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), juntamente com as Assessorias de Humanização do Hospital Geral de Palmas (HGP), Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), Hospital Infantil de Palmas (HIP) e Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei).

De acordo com a assistente social, Goiamara Borges, o encontro visa garantir o acesso e a continuidade no serviço até o restabelecimento total da saúde daqueles usuários. Ainda segundo a assistente social, o encontro pretende também buscar mecanismos de comunicação entre os profissionais da saúde e os povos indígenas. “Precisamos entender e conhecer a cultura indígena e construir uma forma de acolher melhor aquelas pessoas nas nossas unidades de saúde”, argumentou. Para o pajé Antônio Xerente, líder na aldeia Varjão, no município de Tocantínia, a 75 km de Palmas, a oficina serve também para discutir as especificações da cultura indígena junto aos profissionais de saúde. “Eu sou pajé e também ajudo na melhoria da saúde. Este encontro vai ser muito produtivo”, afirmou.

Programação

8 horas – Apresentação cultural com dança e cântico indígena

8h30 – Mesa de Abertura

9 horas – Espaço destinado para apresentação da área técnica da Secretaria dos Jogos Indígenas

9h20 – Apresentação dos antropólogos Reijane Pinheiro e Héber Grácio sobre pajelança no contexto Xerente

9h40 – Roda de conversa sobre medicina tradicional versus medicina do “branco”

• Temas desencadeadores: ambiência hospitalar, percepção de saúde e doença pelo indígena e especificidades culturais (cosmologia, mitos, ritos e xamãs).

• Composição da mesa: pajés e diretores clínicos médicos. Mediadora: Reijane Pinheiro.

14 horas – Apresentação do Sasisus, fluxo da regulação e principais agravos encaminhados à rede pela equipe do Dsei.

15 horas – Roda de conversa sobre os desafios ao acolhimento de indígenas pelos serviços.

• Temas desencadeadores: Visita ampliada; porta de entrada na instituição; acompanhantes e comunicação entre funcionários e usuários. (Secom -TO)