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Estado

Foto: Divulgação

Produção de 200 mil litros de cachaça artesanal por safra, investimento de cerca de R$ 1,5 milhão em equipamentos que nunca foram utilizados e alguns produtores na informalidade. Este é o quadro em que se encontra hoje a Cooperativa de Produtores de Cachaça Artesanal da região sudeste do Tocantins, revelado após diagnóstico realizado este ano por equipe formada por técnicos do Núcleo de Apoio aos Arranjos Produtivos (NAPL) da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), com o objetivo de reorganizar a cooperativa para que entre em operação.

De acordo com o técnico da Sedetur, Marcondes Martins, integrante da equipe que realizou o diagnóstico, são cerca de 22 pequenos produtores que cultivam a cana de açúcar – geralmente em áreas de 2  a 10 hectares -  nos municípios de Novo Alegre, Combinado, Dianópolis, Taguatinga, Porto Nacional e Arraias. Parte da produção é integrada à ração para o gado, outra para a produção de rapadura e o restante para a cachaça de alambique, alguns dos produtores atuando na informalidade.

“O que o Governo do Estado vai fazer, através da Sedetur, é reorganizar esses produtores e orientá-los na renegociação com as instituições bancárias para viabilizar o pagamento da dívida e o financiamento do que falta para que a cooperativa entre em operação, que é o capital de giro. Assim, aqueles que ainda estão na informalidade se legalizam, o produto passa a ter uniformidade e uma identidade, facilitando o acesso ao mercado consumidor”, esclarece Marcondes.

Para a Fieto, a organização, crescimento e incremento da produtividade deste segmento na região sudeste é crucial para garantir a geração de emprego e o desenvolvimento regional. “O primeiro passo para alavancar o setor já foi dado com a criação da cooperativa, a modernização de estruturas de produção e a instalação da Unidade de Padronização da Cachaça na cidade de Taguatinga”, avalia o gerente da Unidade de Desenvolvimento Industrial da Fieto, Cosmo Fernando Lima.

Estrutura

As instalações da cooperativa, de acordo  com Marcondes Martins, contam com um galpão de cerca de 1.200 m², dez tonéis de madeira para envelhecimento da aguardente com capacidade para dez mil litros cada um; tanques, destiladores, vasilhames, equipamentos para envasamento, rolhas e outros equipamentos necessários para a padronização e qualidade do produto. “A produção formalizada, de acordo com as exigências da Vigilância Superintendência Federal de Agricultura (SFA) e com padrão de qualidade, agrega valores que, sem dúvida, facilitarão a entrada desse produto no mercado e na disputa por um público com poder aquisitivo mais significativo. O que representa também maior rentabilidade, qualidade de vida para os moradores da região e arrecadação para o Estado”, conclui.

Discussão

Nesta quarta-feira, 5, será realizada, na sala de reuniões da Fieto, em Palmas, a 1ª Reunião Técnica com Outras Instituições Parceiras, para tratar do projeto. Em seguida, entre os dias 6 e 9, a equipe, incluindo Sedetur, Fieto e demais parceiros, se reunirá com os produtores em Taguatinga, para definir as próximas ações a serem tomadas com vistas à ativação da cooperativa.