A justiça revogou nessa quarta-feira (26) a prisão civil do deputado estadual Mauro Carlesse (PTB) por entender que havia irregularidades na ordem de prisão. Independente da decisão, as partes se compuseram pondo fim na demanda.
Segundo a assessoria, todas as demais questões não podem ser divulgadas diante do caráter de segredo de justiça que protege o processo.
Como homem público, o parlamentar esclareceu em nota o fim deste episódio, sem segundo ele, ferir o limite da ética e "confundir este impasse pessoal com suas pretensões de trabalho pelo Tocantins". Segundo a nota, Mauro Carlesse está pronto para seguir atendendo a agenda política do estado.
Entenda o caso
Após ficar por dias em seu gabinete na Assembleia Legislativa com várias regalias o parlamentar foi transferido na última sexta-feira, 21, para uma sala com aproximadamente nove metros quadrados, ar-condicionado, um frigobar e uma cama de solteiro, além de um banheiro sem chuveiro elétrico. A sala fica no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar (PM) na capital.
Carlesse se recusava a pagar uma pensão de R$ 50 mil e um retroativo de R$ 300 mil para a esposa oficial Rosângela Carlesse. O caso seguia em segredo de justiça. O parlamentar ingressou com recurso na causa.
Mesmo "preso" no gabinete na Assembleia Legislativa, tendo acesso às sessões legislativas por autorização da justiça, o deputado até presidiu na ausência do presidente Osíres Damaso (Democratas) na semana passada, o que gerou polêmica e críticas por parte de alguns setores da sociedade. Sobre o fato ele disse em nota “O povo deve ser representado apesar deste impasse de teor pessoal”, disse.