A decisão foi anunciada ontem pelo Sindicato de Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Tocantins (Sindessto), que alega descumprimento em acordo firmado com o governo no início do ano. O Sindessto estima dívida de R$ 45 milhões.
Conforme o Sindessto, os repasses do Governo do Estado para as unidades hospitalares deixaram de ser feitos ainda em agosto passado. Em janeiro, o governo pagou integralmente os valores referentes a setembro de 2015, mas ainda ficou devendo parte do mês de agosto e os valores referentes a outubro e novembro, que deveriam ter sido pagos até o último dia 3. Segundo a presidente do sindicato, Maria Lúcia Machado de Castro, sem os pagamentos, os prestadores de serviço ficam sem condições de manter os atendimentos.
Serão suspensos os atendimentos e cirurgias eletivos e exames laboratoriais. Atendimentos de urgência e emergência só serão reconhecidos com atestado clínico de um médico, informou Maria Lúcia.
“Esta é a consequência dessa quebra de acordo e se trata de uma medida amparada em decisão coletiva, tomada em assembleia dos médicos que deliberaram a suspensão caso ocorresse atraso superior a 45 dias de atraso”, afirma a presidente do SIMED-TO, Janice Painkow, ao ressaltar que no mês passado já havia oficiado a Secretaria Estadual da Administração (Secad) para regularização do débito, o que não ocorreu.
Com a suspensão, os médicos irão desmarcar consultas e procedimentos já agendados e não realizarão novas marcações até os pagamentos serem efetuados.
O Simed/TO notificou, por ofício, a Secad e o Sindicato dos Servidores Públicos (Sisepe/TO).
Secad
Em nota, a Secretaria Estadual da Administração (Secad) informou que o secretário Geferson Barros se reuniu com o titular da Fazenda, Edson Ronaldo Nascimento, e apresentarão a proposta hoje ao Sindessto. A nota não diz qual a previsão de pagamento.
Segundo a Secad, mais de 30 mil servidores públicos são usuários do Plansaúde. Com seus dependentes, somam-se mais de 88 mil beneficiários.
