O deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa do Tocantins, Rocha Miranda (PMDB) informou em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta sexta-feira, 4, que reunirá todos os deputados que compõem a comissão, na próxima semana, para tratar da denúncia de tortura envolvendo policiais militares em Araguatins. "Vamos apurar! Um erro não justifica outro, então se houve excesso mesmo, como mostram as fotografias, vamos tomar providências e responsabilizar quem é de direito", disse.
O advogado João de Deus Miranda Rodrigues Filho informou nesta última quinta-feira ao Conexão Tocantins, 3, ter encaminhado denúncia a Comissão dos Direitos da Assembleia Legislativa, OAB e Anistia Internacional. Rocha Miranda disse que possivelmente irá receber a denúncia nesta sexta.
Wando Bispo Almeida, uma das supostas vítimas de tortura, declarou ao Ministério Público Estadual que seu irmão, Francisco Edson Bispo Almeida, em momento de tortura, teria afirmado aos policias ser conhecido por pessoas importantes, entre elas, o deputado Rocha Miranda. O parlamentar Rocha Miranda confirmou conhecer Francisco em entrevista ao Conexão Tocantins. "Não sei se é o negão, mas acho que é ele sim. Ele tem o apelido de negão. Conheço sim!", disse.
Wando disse em declaração ao MPE que, após o seu irmão Francisco afirmar conhecer pessoas importantes como Jair Acássio e o ex-prefeito do município e atualmente deputado estadual, Rocha Miranda, os policiais ficaram mais furiosos e um deles teria declarado que o referido ex-prefeito e atualmente deputado era um bandido que estava envolvido nos roubos a banco e que agora, eles – os agentes – eram concursados e não podiam ser perseguidos por ele”, teria dito o policial.
Rocha Miranda disse ao Conexão Tocantins que irá tomar as providências cabíveis e falou em absurdo. "Estou informado e vou tomar as providências cabíveis. O policial, às vezes, despreparado, não quero generalizar porque tem muitas pessoas boas na polícia, mas uma pequena parcela da Polícia Militar envergonha a instituição. Uma atitude dessa é tão absurda que eu nem comento, mas vou tomar providências", salientou.
O Conexão Tocantins entrou em contato, mais uma vez, com a Polícia Militar para posicionamento, no entanto, a PM informou que ainda não foi notificada a respeito e, assim, não tem conhecimento dos fatos narrados. (Matéria atualizada às 11h17min)